Segundo Capítulo

16 3 0
                                    

Depois desse dia, Gael começou a me visitar todos os dias.

Se passaram algumas semanas...

— Hoje vou fazer um check-up dos meus exames. Poderia me fazer companhia? — ele pede.

Eu olho para Bia, que sorri, dando sua aprovação final.

— Será um prazer. — digo, sorrindo.

Estava no quarto dele, e ele parecia com medo e cansado de fazer tantos exames.

— Não será tão ruim assim... — tento animá-lo.

— Já está na hora. — Ele diz, pegando na minha cadeira.

— Vai ficar tudo bem, viu? — digo, segurando sua mão e me despedindo antes de ir.

— Ele confia tanto em você... — diz Bia, sentando-se no banco de espera ao meu lado.

Algumas horas depois...

— Gael teve algumas complicações, mas não são impossíveis de resolver. — O médico vem nos informar.

— Graças a Deus! — digo, suplicando.

— Ele vai ficar bem! — diz Bia, segurando minha mão. — Gael é uma criança forte.

— Obrigada por permitir que ele venha me visitar todos os dias. Agora tenho motivos para lutar.

— E que motivos você tem?

— Quero me recuperar logo e adotar o Gael. A fisioterapia ainda está disponível?

— Claro! — Ela sorri.

Já era noite, e tudo tinha corrido bem. Gael teria mais exames no dia seguinte, e ele parecia cansado. Desejei boa noite antes de voltar ao meu quarto, pois se eu não voltasse, não me deixariam vê-lo.

De manhã, acordei muito ansiosa e comi correndo para ir ver o Gael e saber como ele estava.

Eu nunca tinha visto ele receber visitas, mas havia uma moça no quarto conversando com ele. Parecia ser da mesma identidade que ele.

— Tia, não se preocupe, eu já escolhi uma nova mãe para mim. — Ela segurou a mão dele e sorriu de canto.

Na verdade, era a mulher do conselho de adoção de crianças.

— E quem é ela? — ela pergunta.

Nesse momento, ele olha para mim.

— Mas ela é paraplégica.

— Não por muito tempo.

Nesse momento, eu senti uma vontade ainda maior de me focar na minha recuperação.

— Eu te vejo depois. Espero que pense direitinho no que você quer.

Ela sai sem notar que eu ainda estou aqui.

— Olha, por favor, você precisa se recuperar logo. Não quero ir para a adoção. — Ele me olha quase suplicando.

— Eu também quero ficar com você.

— Gael passou bem nos exames. — indaga o médico, verificando o formulário dele.

— Isso é bom! — indago, sorrindo e olhando para Gael, depois fixando meu olhar no médico.

— Acho que escolhi quem vai ser o meu pai. — Ele diz.

Sorrio de vergonha e abaixo minha cabeça.

A pedido de um milagre Onde histórias criam vida. Descubra agora