Oitavo Capítulo

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Aqui está a revisão do seu texto, com melhorias na pontuação, gramática e fluidez:

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— Desculpa pelo que aconteceu mais cedo. — ele disse, num momento em que estávamos nos entregando um ao outro. — Eu sinto ciúmes de você. — fez carinho em meus cabelos.

— Isso é evidente, não é mesmo? — respondi, deitando-me ao seu lado.

— Eu não sei, mas não consigo esconder bem.

— Eu sou apenas sua. — sorri entre nossos beijos.

— Desculpa.

Quando menos imaginamos, adormecemos.

Na manhã seguinte, acordei com a mulher do conselho batendo à porta.

— Bom dia! — foram suas primeiras palavras. Eu estava enrolada em um robe branco.

— Bom dia! — respondi, tampando a boca e bocejando, como se tivesse acabado de acordar. — Café?

— Eu aceito.

Comecei a preparar o café enquanto ela falava sobre Gael e como ele era uma criança maravilhosa, mencionando também os falecidos pais dele.

— Eu juro que não sei sobre essa história dos pais do Gael, mas gostaria de saber.

— Os pais dele eram patrocinadores de várias indústrias e empresas. Gael vem de uma família rica, mas os avós não aceitavam o relacionamento que o pai dele tinha com uma funcionária da empresa.

— Gael é filho de uma camareira?

— Na verdade, sim. Depois que ela teve Gael, cuidou dele por alguns meses, mas então mudou de cargo e desapareceu da vida do pai dele. Quando o pai soube que tinha um filho, ficou louco. Ela entregou a criança a alguém e sumiu. Quando ele a encontrou, soube que ela estava morta porque seus pais não queriam que ele assumisse o filho daquela mulher. Mas o que Gael não sabe é que seu pai está vivo e está aqui.

Ela disse isso e, em seguida, abriu a porta para um homem muito alto, com um porte físico agradável e musculoso.

— Você deve ser Noêmia Katherine. — ele disse, cumprimentando-me. — Eu sou César Sebastian.

— Prazer, César Sebastian. — respondi, retribuindo o cumprimento.

— Vim aqui te pedir uma coisa.

Senti uma insegurança e medo de que ele quisesse tirar Gael de mim.

— Eu sei que você ama o Gael tanto quanto eu. Não tenho muito tempo de vida, descobri que tenho câncer de pulmão, e gostaria de passar um tempo com ele e que você cuidasse de toda a herança que Gael vai herdar.

— É sério isso? — perguntei, em choque.

— Posso vê-lo? — ele perguntou.

— Claro.

Gael estava em seu quarto, brincando.

Percebi que, como pai, como filho, os dois eram sensíveis. Gael não estranhou a presença do homem e aceitou que ele se aproximasse para brincar.

— Vou deixar vocês à vontade. — disse, fechando a porta do quarto.

Naquela tarde, emocionei-me ao ver um estranho brincando em minha casa. Eles estavam jogando pega-pega, e César até tirou a jaqueta. Enviei uma mensagem para Bennett, mas quando pensei em enviar, ele acabou de chegar e me peguei sorrindo ao vê-los brincando juntos.

— É ele? — Bennett perguntou, dando de ombros.

Concordei com a cabeça, e rimos juntos.

— Olá, você deve ser o Bennett. — disse César, cumprimentando-o. — Temos muito o que conversar.

— Filho, pode fazer companhia à sua mãe? — ele arqueou uma sobrancelha, olhando para Gael.

— Vamos tomar um banho divertido? — perguntei.

— Banho não é divertido. — respondeu, achando chato.

— Só é quando a gente faz ser divertido. — tentei animá-lo.

Acabou que me molhei, fizemos graça enquanto ensaboava todo o seu corpo, até fizemos "barba de sabão". Eu escorreguei ao me desequilibrar, mas não foi uma queda feia.

— Esse foi o banho mais divertido que eu já tomei! — ele disse.

Quando terminei de vesti-lo, vi que Bennett e César estavam tomando cerveja juntos.

— Você precisa de um banho, amor. — disse Bennett, ao me ver toda molhada. — Eu cuido do Gael. — ele piscou para mim.

— Eu te amo! — sussurrei em um tom agudo, de modo que só ele pudesse ler meus lábios, e lhe enviei um beijo pelo ar.

Subi para tomar um banho.

Quando voltei, os dois homens estavam preparando o jantar e conversando sobre suas vidas passadas, até mesmo antes de eu conhecê-los.

— O jantar está pronto. — anunciou Bennett ao notar minha presença.

— Papai fez o jantar!

— Na verdade, meu filho, você tem dois pais. — César respondeu.

Ele começou a servir Gael.

— Que delícia, molho de carne com abóbora! — exclamou, degustando.

César me chamou para conversar, franzindo o olhar enquanto olhava para mim.

— A mãe do Gael deixou isso para ele antes de falecer. — disse, segurando uma carta e uma caixinha embrulhada como presente.

Voltamos para a mesa, mas eu havia guardado as coisas que César me entregou no escritório de Bennett.

— Eu irei ao hospital mais tarde amanhã. — disse Bennett.

Gael se animou tanto que dava para ver o quanto ele ama César de verdade!

Depois, acompanhei César até o quarto de hóspedes, e Bennett permaneceu ao meu lado.

— Amanhã eu tenho que ir cedo ao hospital. — disse César, assim que fechou a porta e desejou boa noite.

— Ele deve estar muito preocupado com a saúde dele. — respondeu Bennett enquanto caminhávamos para nosso quarto.

Fiquei em silêncio.

— Não quero que você se preocupe com isso. — ele disse ao deitarmos.

— Não tem como não me preocupar.

— Vamos ficar todos bem. — disse, depositando um beijo em minha testa.

Na manhã seguinte, acordei com uma surpresa sobre o balcão da mesa: Bennett havia comprado um café descafeinado, aquele que eu gosto, acompanhado de algumas rosquinhas.

— Papai deixou isso para você, mamãe? — ele disse, vendo-me ler o cartão que acompanhava as flores.

"Para a mulher mais importante da minha vida, espero que você tenha um dia incrível! Beijos, Ben!"

— Sim, meu amor! — respondi, dando-lhe um beijo e um abraço.

— Papai deixou isso aqui na estante da sala.

"Esteja pronta às 19h. Eu te levarei para sair."

— Eu não faço a menor ideia do que seja. — ele respondeu, sem saber o que estava escrito.

— Nós vamos sair à noite.

Ele ficou animado. A manhã passou rápido, e depois do café da manhã de Gael, mal percebi quando chegou a hora de fazer o almoço e levá-lo para a escola.

A pedido de um milagre Onde histórias criam vida. Descubra agora