"A cabine

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Esta é a história não contada de um caçador, que um dia foi para a floresta para fazer exatamente isso, caçar. Em sua viagem, ele decidiu mudar de rumo para dar diversidade ao seu ofí­cio, então ele virou seu caminhão e o estacionou em frente a uma área de floresta desconhecida que tinha a reputação de ser abundante em grandes presas. Ele estava com sua espingarda presa nas mãos, esperando por algum animal descuidado, mas não conseguiu ver mais longe do que seu nariz, pois de repente, uma forte neblina veio sobre o local. Era tão espesso e profuso que o caçador não conseguia encontrar seu curso original, e vagueou mais profundamente na floresta do que havia planejado. Ele andava e andava, esfregando as mãos nos antebraços, pois o nevoeiro trazia consigo um arrepio atroz que arrefeceu o pobre caçador até a medula, enquanto uma fumaça branca distinta subia de sua boca a cada respiração.

Ao mesmo tempo, tremendo como uma folha, o caçador começou a dar gritos perfurantes de desespero, pois sentiu que dois dias inteiros haviam passado. Ele sentiu fome, sede, frio e angústia. Até que, ao longe, ele avistou de repente uma pequena cabana de madeira. Ele correu para a cabana e, por desespero, entrou sem sequer bater á porta. Tudo estava escuro, então, o melhor que pôde, ele encontrou um pequeno interruptor, mas quando a única sala iluminada, o horror passou por seus olhos ao ver um conjunto de quadros com retratos de pessoas olhando para ele, alguns tinham a cara cheia, mas outros, não exatamente. Alguns não tinham os olhos, outros tinham os dentes e alguns tinham o rosto inteiro.

Entretanto, cansado, confuso, apavorado e, ao mesmo tempo, aliviado por ter encontrado um abrigo, não importava como fosse, ele decidiu que qualquer buraco seria melhor do que aquela tortura sem pistas, então ele tirou um cobertor e praticamente desmaiou devido á fome, sede e angústia. Entretanto, depois de um tempo, o homem acordou de repente devido a uma luz sufocante batendo no rosto, e naquele momento, quando viu o cobertor que havia usado na sua frente, percebeu que aqueles quadros não eram retratos... eram janelas.


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