VII

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Sarah Andrade

Depois que o mensageiro foi embora, me permiti chorar. Não de tristeza, e sim, de desespero.
O que eu iria fazer a partir de agora? O que eu iria fazer para proteger o meu reino? O que irá acontecer com Mavaria?
São tantas questões e poucas respostas.

Mandei um de meus servos avisar ao chefe do exército para preparar os soldados o mais rápido possível.

Caminhei para o meu escritório, peguei uma caneta, um papel e um envelope.

"Juliette Freire,

Sei que não nos damos bem e sei também que estamos em apuros, por isso venho por meio desta carta lhe oferecer abrigo em uma de minhas tabernas.
Tenho ciência de quê seu reino será atacado primeiro, e espero que aceite minha proposta.

Atenciosamente,
Sarah Andrade."

Dobrei o papel e o coloquei dentro do envelope, entreguei até ao mensageiro e pedi para o mesmo entregar diretamente para Juliette. Não sei qual será a sua resposta, ou o que vá achar. Por mais que nós não nos damos bem, eu me importo com ela por mais que eu queira muito negar.

• ● •

– Vou passar a noite em uma taberna no sul do país, ela é mais afastada do litoral e mais próxima da floresta, assim será difícil para os inimigos me encontrar.

– Ok então. O que Juliette respondeu? – Lorenzo perguntou enquanto me ajudava a encontrar algumas roupas mais discretas.

– Nada. Ela ainda não deu nenhum sinal, é provável de que ela prefira ficar em Mavaria.

– Mas isso seria praticamente suicídio! Ela sabe que está correndo perigo e que Mavaria é o primeiro e principal alvo.

– Sim, mas Juliette é teimosa. Se caso aceitar minha proposta, foi porque alguém a convenceu.

– Provavelmente esse alguém será Aaron ou Theo. – Lorenzo disse antes de fechar a minha mochila.

– Não acredito que seja o Theo, ele é muito ciumento e egoísta. Você sabe que ele gosta de mim e que em toda a vida dele, Juliette sempre foi considerada melhor.

Lorenzo apenas concordou e ficou em silêncio enquanto colocava a mochila ao lado da cama.

– Você irá partir quando? – O garoto perguntou segurando a minha mão.

– Hoje. Às duas horas da manhã. – Apertei levemente a sua mão. – Pretendo chegar lá antes do amanhecer.

– Me promete que você vai ficar bem?

– Prometo.

• ● •

Quando o relógio já marcava meia-noite, um guarda bateu na porta do meu quarto e abriu logo em seguida segurando um envelope.

– O que ela disse? – Levantei de minha cama, indo em direção ao guarda.

– Ela está a caminho.

– Juliette aceitou tão fácil assim? – Perguntei estranhando a facilidade em que a mulher aceitou a minha proposta.

– No início ela relutou um pouco, mas seu amigo e seus conselheiros fizeram-a mudar de ideia.

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⏰ Última atualização: May 25, 2022 ⏰

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