Capítulo 04 - Irresponsabilidade

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Kara Zor-El  |  Point of View






— Meu Deus Lena! Seu filho é nosso filho? – Foi o que eu falei e ela assentiu. Eu não sei exatamente como aconteceu isso, mas estou ajoelhada no chão. Devo ter derretido do sofá e deslizado para cá. Abri meus braços e ele chorava muito. Ele correu e me abraçou forte. Eu estava flutuando, fora as torneiras que viraram meus olhos, eu não conseguia falar. Me sentei novamente no sofá com ele no colo e o afastei de mim.

— Não chora. – Falei, como se eu não estivesse chorando mais que ele. Fiquei analisando os detalhes dele, pensando que Lena deve ter ficado chateada por ele ser tão parecido comigo e ter que se lembrar de mim cada vez que olhasse para ele. — Você é muito parecido comigo. – Falei tocando o rosto dele.

— Você é minha mãe ou minha papi? Mama disse que eu teria que perguntar para você como devia te chamar. Posso te chamar de papi?

— Pode. – Falei anestesiada, estava muito tonta e não sabia o que pensar. Não sabia se odiava Lena ou se agradecia.

— Agora vai com a sua madrinha que tenho que conversar com a Kara, amor. – Ele ficou me encarando.

— Você vai embora?

— Não vou a lugar nenhum. – Ele beijou minha bochecha e saiu do apartamento.

— Oi Zor-El. – Emma me cumprimentou.

 – Emma me cumprimentou

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— Oi... – Ela saiu e eu fiquei olhando para a TV desligada.

— Eu fiquei grávida naquela noite. – Lena quebrou o silêncio entre nós.

— Porque você não me falou?

— Para que Kara? Para você largar tudo e estragar seu futuro como eu estraguei o meu?

— Você não tinha o direito de esconder uma coisa dessas de mim, Lena.

— Foi o certo.

— Você passou por tudo isso por minha culpa. Que droga! Eu nunca acerto com você.

— Não foi sua culpa, Kara. Eu que era infantil e estúpida demais, não podia estragar toda sua vida por causa de uma burrice minha. Espero que você me perdoe um dia. – Escorei meus cotovelos nos joelhos e comecei a massagear minhas têmporas. Senti sua mão em meu ombro, como se quisesse me confortar. — Não precisa fazer nada. Eu já o orientei a não falar para ninguém sobre isso e não vamos atrapalhar sua carreira. Só o visite quando puder...

— Não acredito no que estou ouvindo. Já perdi demais da vida dele e se você me permitir participar, vou ficar muito honrada.

— Não quero atrapalhar Kara.

— Não é atrapalhar. Você fez tudo sozinha, me deixe te ajudar agora.

— Não sei o que você pensa em fazer, mas isso é grande Kara. Você tem uma vida pública agora. Tem que falar com um monte de gente para poder assumir isso.

Reviravolta - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora