Reviravolta - Adaptação Karlena

Capítulo 21 - Você vale o esforço

Lena Luthor  |  Point of View

As semanas passaram arrastadas, chegava a ser tóxico o tamanho da saudade que senti por ela. Nunca senti isso, passei muito sufoco e sempre fui independente, mas Kara me mimou muito e fiquei acostumada com isso. Agora a sala de aula está em pé de guerra, acertando detalhes sobre a formatura eu só quero ir para casa para ver meu filho.

— A Kara vai vir à formatura? – James brotou de algum lugar do inferno e apareceu ao meu lado.

— Meu senhor! Quantas vezes... vou ter que rosnar “me esquece idiota, não quero nem ouviu sua voz”.

— Que violência. Só fiz uma pergunta. Ela não vai vir. Deve estar muito ocupada com aquele monte de modelos que se atiram aos pés dela. – Acertei um tapa no rosto dele.

— Não fale mais comigo, ou eu peço para meus seguranças acabarem com você. – Ele assentiu e saiu do meu lado.

O sinal tocou e eu voei até o carro de Oliver, segurança de confiança de Kah, que ela deixou comigo, já que eu reclamei do pai dela estar sempre me levando para todos os cantos, como se fosse um motorista.

Passamos na escolinha de Lore, que ficou contando tudo que tinha acontecido na manhã dele. Brincamos e assistimos filmes a tarde. Fiz panquecas para o nosso jantar e depois coloquei o Lorenzo no quarto dele, todo personalizado também, Kara fez questão de personalizar este, mas com o Lorenzo dando instruções. Ele é muito fã do Batman, antes me cortava o coração quando ele mostrava os brinquedos nas vitrines e eu não podia comprar pra ele.

Tomei um banho demorado, vesti um baby doll e me deitei. Quando eu estava pegando no sono, tocou meu celular. Era Kara.

— Oi Kah. Aconteceu alguma coisa?

— Oi gostosa. Não, sei que é tarde, mas estou no hotel e estava com saudade.

— Eu também estou morrendo de saudade.

— Como foi seu dia?

— Normal. Estamos acertando os detalhes da formatura.

— Falta pouco né?

— Sim. Você vai vir? – Ela ficou em silêncio por um tempo. — Tudo bem, Kah. Eu entendo.

— Eu queria muito estar aí.

— Eu sei amor. Tudo bem.

— Sabe... porque você não liga o PC? Queria te ver.

— Claro. Deixe-me ligá-lo.

— Peguei o note e coloquei sobre a cama. Me olhei no espelho... tudo bem. Sentei em frente ao PC e chamei Kara. Ela apareceu, cabelo preso em um coque, na mesma posição que eu.

— Oh Lee. – Ela fechou os olhos e quando os abriu, uma lágrima escorreu em seu rosto. — Eu sinto tanta saudade.

— Não chore Kah. Vamos nos ver logo.

— Lee... quanto mais eu trabalho, mais trabalho eu tenho. Se não fosse a Clarke, já teria largado tudo e ido para casa.

— Eu sei que não é fácil, mas vamos conseguir. – Ela afundou o rosto nas mãos, estava muito desanimada. Tirei minha camisola, ficando só de calcinha. — Kah... olha para mim. – Ela olhou e arregalou os olhos.

— Lee...

— Tire a roupa, Kah.

— Não, Lee. Você sabe como eu me sinto sobre isso. – Verdade, ela abomina se dar prazer, só se masturba em último caso.

— Não quer nem tentar, amor? Você está muito tensa.

— Não consigo Lee.

— Tudo bem. Me conte sobre o seu dia. – Assim ficamos conversando até ficar tarde e Kara dormir durante a chamada.