13~Maldita esquilo

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Daryl Dixon.
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Quando aquelas palavras saíram da boca dela eu gelei, minha primeira reação foi negar. Ela estava com raiva.

Mas não tinha sentido, ela não diria que estava apaixonada por mim, ela diria que me odiava ou sei lá.

"Não consigo entender como fui me apaixonar por você." As palavras dela ainda rodavam na minha mente, e o pior é que eu também gostava dela.

Maricas.

A voz de Merle gritou do fundo da minha mente. Inferno.

Esfreguei as mãos pelo rosto e encarei o teto, malditos olhos azuis que me agarravam como cordas, maldito cabelo que se esvoaçava quando o vento batia, maldito corpo que prendia minha atenção enquanto andava com sua postura de madame.

Parece que a loira enxerida estava certa. Elizabeth gostava mesmo de mim.

Batidas na porta interromperam meus pensamentos. Apenas resmunguei um "entra".

Pela porta entrou Maggie. Tinha uma bandeja de comida nas mãos.

-Bom dia, vim ver se acordou e deduzi que você estaria com fome.—Andou até mim com a bandeja e a colocou em cima do móvel de cabeceira.—Sabe o que ouve com Lizze? Ontem ela saiu bem nervosa daqui, tentei chama-la mas acho que não escutou. E não vejo ela desde ontem também.

Ótimo! Além de sair com raiva de mim, a maluca desapareceu, a preocupação tomou conta do meu corpo.

-Nós descutimos ontem, mas eu não sei onde ela está.—Tentei não ser rude, a garota não tinha culpa das minhas frustações.

-Certo, obrigada.—Ela sorriu e continuou.—Agora coma, vou chamar meu pai para ver seus ferimentos.

Levantou e saiu do quarto. Respirei fundo e tentei me levantar, mas não consegui, uma fisgada na costela me fez voltar para a cama. Com calma, me sentei e levantei devagar.

Usei a cômoda que ficava na frente da cama como apoio. Abri a porta e saí para o corredor. Hershel havia acabado de entrar no mesmo e me olhava incrédulo.

-Não pode levantar! Precisa de repouso. Vamos, volte para o quarto.

-Não, eu já tô bem só preciso voltar para minha barraca.—Continuei andando. Chegando na porta de saída da casa uma voz infantiu me fez parar.

-Daryl!—Sophia falou levantando do sofá.—Que bom que está bem, Lizze me contou que você me procurou muito quando eu estava perdida. Muito obrigada.

-É, procurei mesmo. Quase morri também.—Falei e ela soltou uma risada.

-Sinto muito pelo seu machucado. Lizze contou o que aconteceu também. Ela ficou louca de preocupação.

Ela ficou preocupada comigo.

Merda! Tudo o que não podia acontecer está acontecendo.

Concordei acenando para a pequena e saí da casa indo até o acampamento.

E lá estava ela, sentada perto da fogueira esfregando o rosto com as mãos e uma cara de poucos amigos. Chegando perto do pessoal eu ouvi a conversa.

-Foi mal, Lizze.—T-Dog falava e parecia estar contendo o riso.—Eu não queria te acordar, só queria pegar uma carroça.

-Relaxa, T.—Lizze falou mas sua expressão carrancuda não mudou.

-Você ainda não disse o que estava fazendo mo celeiro, Margaret.—Pietro falou provocativo. Ele chamou ela de Margaret?

Love Between Arrows-Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora