Cap.7 Sonhos

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No intervalo das aulas eu fui dar um passeio pelo colégio, sim, eu estava com dor, mas ficar parada apenas aumentava a dor. Comprei uma lata de energético e um pacote de brownie e fui andar. Não achando nada de muito interessante pela escola resolvi ir até o lugar secreto meu e do meu grande irmão!

Cheguei lá e percebi que tinha pessoas, pois podia ver pegadas novas na grama e na areia. Afastei algumas folhas de arbustos da frente e preferia não ter visto aquilo. Pessoas invadiram o meu esconderijo. Saí de lá, sem conseguir pensar em algo melhor pra ter feito. Não que isso fosse o fim do mundo, mas sei lá, eu via como um lugar onde só eu e meu irmão poderíamos entrar. De qualquer forma, minha cabeça estava cheia demais para pensar em qualquer coisa. Procurei um jardim qualquer da escola que tivesse vazio e me joguei na grama. Fechei os olhos e senti a vida no ar.

O calor do sol se impregnando em minhas veias, o canto dos pássaros em sintonia com o som do balançar das folhas das árvores e a brisa leve soprando em meu rosto, tudo isso sintonizado com minha respiração. Eu estava em total sintonia com a natureza... Respirei fundo e adormeci.

E agora vos contarei o que eu sonhei. Estava eu aqui nesse jardim da mesma forma que eu estava quando adormeci, e então um vento forte soprou. Mas não era um vento. Era uma respiração forte perto ao meu rosto. Abri os olhos meio desnorteada e vi aquele lindo par de olhos. Sim, era um lindo par de olhos, eu não sei de que cor era, mas sei que eram lindos porque eles enxergavam além do que os olhos veêm. E eu podia ver através de seus olhos um mar de docura, senti um estranho gosto de nostalgia. E aos poucos um arrepio fúnebre foi tomando conta de mim. Aquele lindo par de olhos foi se afastando do meu rosto e a pessoa sentou na minha frente, em seguida eu sentei sem tirar os olhos dos olhos daquela pessoa. Eu então percebi que era um homem, mas ainda não olhava o resto dele, eu estava presa ao olhar penetrante dele. E então o senti como se uma mão tocasse meu queixo aproximando meu rosto do dele novamente, mas não existia uma mão ali. Era o olhar dele me puxando. E eu ia. Logo nossos olhos estavam suficientemente perto um do outro e eu notei que nossos lábios se tocavam. Fechei os olhos iniciando um beijo. Mas mesmo de olhos fechados o seu olhar me penetrava, eu podia sentir que através de nossas palpebras fechadas ele ainda conseguia enxergar minha alma. Abri os olhos e me afastei devagar ainda fitando-o initerruptamente. Em dado momento, um vento mais forte soprou novamente e agora realmente era um vento, acordei daquilo como se fosse um devaneio e pude ver o rosto inteiro daquele ser. O Professor Paulyer me fitava, com um sorriso inexpressivo de canto de lábio. Mas o que eu fiz???

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Nota da autora

Capítulo pequenininho só pra não ficar sem

Sonhos de uma tarde de outonoWhere stories live. Discover now