FOREVER AFTER THAT

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O silêncio que nos cerca poderia ser facilmente constrangedor se... oh, pelos deuses existentes em toda a porcaria dos Cosmos! Não há maneira nenhuma de eu não associar a falta de palavras pelo modo como sinto-me duro, a excitação de ambos é quase palpável e, enquanto bebo meu chá sem realmente apreciar o sabor, tudo o que quero é arrastar minha língua pelo maxilar fodidamente bem marcado de Jisung. Não estou tentando mais lutar contra o que quero, afinal, é sexo apenas. E, por mais que transar com um homem não tenha sido meu desejo desde sempre, esse homem em questão é um alfa. Meu alfa. Minha aequalis. Tecnicamente nascemos para ficarmos juntos, seja por uma noite de foda intensa ou apenas a porcaria da vida toda. Sinceramente? Para mim não importa muito, no momento. Tudo o que quero é explorar a sensação gritante corroendo a parte interior do meu corpo, rastejando sob a pele como um parasita indesejado, quero beber dele, sugar seus lábios e me perder nas sensações que suas mãos juram ser capazes de fornecer. Com as bochechas queimando, pesco um biscoito com gotas de chocolate no prato entre nós, o balcão é basicamente a única coisa que nos separam e, quando arrasto minha língua sobre a massa crocante, não consigo deixar de pensar sobre qual seria o gosto dele em meus lábios. Dentro da minha cueca completamente já arruinada pela unidade do meu corpo de ômega, sinto meu pau chutar ansioso.

— Você deveria parar de olhar para mim dessa forma, Minho — ele diz apesar de não tirar seus olhos olhos de mim, o intenso verde devorando minha carne e, droga, quase posso prever quais os tipos de pensamentos que estão correndo em sua mente agora. Todos sexuais demais. Exatamente como os meus. — Está me matando assim.

— É, você está certo, eu deveria — concordo imediatamente. — Mas acontece que não quero.

Ele sorri por cima de sua caneca sem tirar os olhos pulsantes de mim. Uma onda nova onda quente de excitação arde entre minhas pernas quando deixo o biscoito meio mordido no prato e escorrego minha língua até o dedo indicador, sugando-o com suavidade, uma camada de saliva escorrendo pelo meu queixo e mão. Meus olhos nele. Não sei de onde vem isso, para ser sincero, mas não quero parar. Não quero quebrar essa tensão quase mágica que esmaga meu corpo, apertando todos os meus sentidos e me arrastando por uma maldita coleira até os limites da sanidade. Não sei mais quem eu sou e quais meus atos são apenas consequências de toda a coisa com aequalis. Não sei onde o desejo real começa e tampouco onde ele termina. Tudo é meio nebuloso demais enquanto mantenho meus olhos bem no fundo de sua íris, escorrego dois dedos entre os lábios abertos e a língua suavemente para fora e sugo-os mais uma vez, as bochechas ocas e saliva demais. Quando os tiro da boca depois do pequeno show, meus lábios estalam.

E Jisung se levanta.

Ele contorna o balcão tão rápido que mal o percebo às minhas costas até uma de suas mãos grandes demais estão em meu pescoço, apertando apenas o bastante para que eu tenha que agradecer por estar sentado. O alfa garante que todo o seu corpo esteja pressionado no meu e, com isso, sinto sua maldita ereção na base na minha coluna. Quente. Dura como a porra de um taco de beisebol. Grande demais em comparação ao meu. Pulsante. Oh, merda.

— Não deveria provocar as pessoas assim — ele sussurra em meu ouvido esquerdo, o calor de seu hálito bombardeando sangue imediatamente para minha região mais ao sul. Sua mão age como um colar, o polegar nos limites do meu maxilar. Eu não sabia que gostava desse tipo de coisa até agora, até ter certeza de que não iria me importar nem um pouco se Jisung apenas apertasse um pouco mais. Muito mais, talvez. — Não ainda, pelo menos. Achei que fôssemos conversar.

— Estamos conversando — minha voz soa como um gemido e, quando ameaço tirar as mãos de cima do balcão, sinto seu comando silencioso para eu não mover a porra de um único músculo. Certo. Ótimo. Sempre fui em bom em seguir regras.

— O que você quer?

Há muito em sua pergunta, demais até. Sinto sua voz tremer ao final da sentença, assim como seja dedos. Sinto-me quase aliviado por não ser o único tento que lidar com toda a incerteza coerente de não saber qual parte disso tudo sou eu e qual não é. Mas não importa, para ser justo, não quando quero perder-me nesse mundo novo e mágico que me foi negado por malditos vinte e nove anos. "Nós não nos conhemos" a voz racional dentro do meu cérebro grita cheia de urgência. Ela está certa. Jisung e eu somos apenas completos estranhos preso nesse emaranhado do destino. Mas "todos fomos desconhecidos um dia, Min, a única diferença é que sua aequalis não é" era o que dizia mamãe diante dos meus questionamentos infinitos na adolescência. Ela sempre me garantiu que os laços entre aequalis são imortais dentro das almas. Nunca acreditei. Agora, no entanto, não tenho mais tanta certeza. Não sei de absolutamente qualquer coisa relevante, nada, exceto que quero isso mais do que um dia fui capaz de desejar alguém. Eu quero Jisung. E quero logo. O amanhã? Bem, que se dane, posso pensar nisso quando ele chegar.

AEQUALIS || MINSUNG VER.Onde histórias criam vida. Descubra agora