Capítulo 3

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Seus olhos fintavam o teto, os pensamentos que iam tão longe como um mar ser tão profundo. Kenji pensava em seu futuro, como seria quando crescesse e se tornasse um Anbu, esse era seu maior sonho, entre se tornar sensei. O chá que sua tia fez para ele beber já tinha ficado gelado a horas que ele se encontrava pensativo, não era muito disso apesar de que ele algumas horas se desligava do mundo. Até então, seus ouvidos são rompidos com a voz de sua tia lhe chamando.

– Kenji. — chamou Aisha.

– Oi?! — gritou do outro lado do cômodo.

– Por favor venha até aqui!

– Já estou indo. “E agora? O que eu fiz dessa vez...”

Pensou o garoto, ele foi até ela querendo saber o que sua tia queria.

– Sim, tia?

– Cadê o Naruto? Faz horas que o procuro, já estou preocupada com ele! Até agora não apareceu... Está escurecendo...

– Ah?! Ué... Deve está treinando, você o conhece tia.

– Sim, sim... Mas — pausa. Aisha se virou de costa pensando. – Bem, quando de umas sete horas da noite vá atrás dele, não gosto que ele fique muito tarde treinando.

– Entendi, irei me retirar e ir para meu quarto, vou lê um pouco.

– Na verdade, não irá se retirar, e sim me ajudar com o jantar!

– Posso cortar as verduras?

– As verduras é toda sua.

A mulher fez um gesto com a mão, abrindo o braço para o lado direito e dando passagem para o garoto passar. Kenji revirou seus olhos indo até a mesa e pegando a faca, ele apenas pegou o tomate e se pôs a cortar em pedacinhos.

– Tia.

– Sim?

– Você acha que minha mamãe está bem? Nunca mas ela veio me visitar...

–Sabe sobrinho, Naomi-san é uma mulher que se mantém muito ocupada... Um dia ela vem te vê.

– Hu...

Aisha levantou uma sobrancelha curiosa.

– Que foi? 

– Sempre diz isso! Mas nunca me fala o que ela faz — falou Kenji apontando o cabo da faca em direção da mulher. – Se for algo de errado diz logo e não esconde de mim...

– E que dia eu escondi algo de você?

– Aquele magricela que você namorava ano passado... Não fui com a cara dele...

– Há!!! Não era por que eu queria, você é muito ciumento, tem ciúmes até do Naruto, não deixa ele brincar com o Kazumi!

– Mas eu não gosto daquele garoto, ele é muito "Kazumi" — disse Kenji fazendo aspas com os dedos.

– Oh meu Deus... Vamos fazer logo o jantar que seu ciúme tá muito na cara!

– Ciúmes, ciúmes, eu não tô com ciúmes!!! E sim sou protetor com meu irmãozinho.

Resmungava o garoto enquanto cortava rápido as verduras. Aisha apenas o olhou, sua cara denunciava que ela queria rir daquilo, mas se fizesse isso, Kenji iria fica mas irritado do que já está.

– Bem... Tirando isso... Como está indo seus treinamentos? Já conseguiu o que queria?!

– Há... Eu estou bem em battojutsu, kenjutsu e taijutsu!

Aisha sorri, ela pegou todas as verduras cortadas e saiu andando até seu destino, Kenji se sentou na cadeira enquanto balançava suas pernas, as mãos estavam sobre a mesa, brincando com o pano de prato.

– Apesar de não conhecer meu papai... Quero ser que nem ele um dia — disse o garoto sorrindo. – Pelo que você me dizia sobre ele... Ele deveria ter sido um grande ninja...

– Sabe, você me lembra muito meu irmão, ele era determinado assim como você, amava uma luta e não fugia de nem uma delas, meu irmão era um homem de palavras e tinha um grande coração...

A mulher passou a fazer suas tarefas enquanto lavava as louças, seus olhos se enchia de lágrimas enquanto seus pensamentos viajavam no passado, vivendo o momento quando seus pais morreram e no momento em que seu irmão mais velho teve que cuidar dela, enquanto trabalhava e fazia suas missões insensatamente, sem ter nem um pingo de descanso.

– Me lembro de quando ele partiu, isso me faz ficar muito triste...

– Pelo visto gostava muito dele.

– Eu o amava muito!

Kenji suspira pesadamente.

– Eu queria ter lembranças dele, mas... Não tenho recordações, a não ser de seu rosto sorrindo para mim...

– Esse dia, meu irmão estava indo em uma missão junto com Naomi-san, se ela vim, talvez ele venha junto com ela hoje... Por que, você fará aniversário, dia feliz se anima.

Kenji fez uma careta desgostosa, ele sabia que seu pai não iria vim, se ele fosse alimentar um sentimento de esperança só iria trazer sofrimento para ele, e isso Kenji não queria, não agora que hoje era o dia do seu aniversário, a noite ele irá fazer seus sete anos. O rapaz saiu andando para seu quarto em esperança de dormir um pouco.

彡✧彡

Por volta das 12 horas da noite, Kenji passou a ouvir barulho de passos correndo, pareciam bem agitados, o garoto com o intuito de descobrir o que estava acontecendo, se levantou da cama e com passos lentos foi andando até a sua porta, a abriu e saiu em direção a cozinha. Um vulto passa por ele, o arrastando para um cômodo e logo o jogando para dentro do local, a porta foi fechada devagar. Aisha estava machucada e, com o braço cortado em vertical, Kenji não entendendo, ele andou até ela em esperança de descobrir, mas ao chegar, Aisha o segurou com as mãos trêmulas e chorosa foi se abaixando. O abraçou com força com medo de talvez o perder.

– Kenji... Irei te pedir um favor... — entre lágrimas e suspiros, Aisha se afastou de perto do garoto confuso. – Eu quero que você fique escondido em algum lugar...

– Primeiro, me diga o que está acontecendo, depois eu penso se farei o que está a me pedir...

– Querem te levar de mim... E eu não quero lhe perder...

– Quem? Eu não estou a entender...

– Kenji! Eu... Será complicado te explicar... — ela suspirou derrotada. – Um homem que te levar para fazer experiência... Isso não faz muito tempo, faz alguns anos...

– Eu...

Kenji parou de falar, os dois ouviram passos vindo em suas direção, Aisha ficou em sua frente em tentativa de o proteger, mas seu corpo estava muito trêmulo, mal podia ficar em pé, quem diria a proteger seu sobrinho amado.

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