Capítulo 20

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Na seguinte manhã, um dia tristonho para Fuyuki que via Akira um tanto pensativo, ele resolverá andar para a direita, seguindo estrada até a cozinha, teria que preparar pelo menos um suco, Arakan não era muito fã de sucos. Onde cada mexida da colher para dissolver o açúcar, ele refletia tamanho desgosto com a briga que teve com Daichi. Ouviu-se descer a escada um passo rápido, e não tardou que Daichi aparecesse à porta da sala de jantar. Arakan estava então encostado à janela que ficava em frente da porta.

– Preciso conversar com você Fuyuki! — disse Daichi com o tom mais doce que tinha na voz. – Não terminamos nossa conversa de ontem!

– Pensei que eu tivesse deixado bem claro que eu não queria mais entrar nesse assunto tão pessoal...

Daichi inclinou a cabeça.

– Você...

Daichi andou até ele e pegou em sua mão, aquela mão, porém, estava gelada, como se fora dele uma vez quando estava com medo. A face, pouco antes risonha e faceira, contraíra-se de repente em uma expressão indefinível de indignação e desprezo. Daichi só foi reparar na mudança quando parou para detalhar sua face, Fuyuki não parecia bem.

– Não faz nem um sentido você ficar assim!

– Tem razão! — ele fechou os olhos, sorriu com ar brejeiro.

Daichi percebeu o sorriso e corou de imediato, ele se afastará logo levando ambas as mãos atrás das costas.

– Vocês dois são complicados, sabiam? — fala Arakan rindo. – Acho que os únicos aqui que serão solteiros, só eu e Akira, né?

Pergunta o Uzumaki olhando para o menor.

– Amor é complicado!!! Não é para mim!

– Viram hahaha esse é meu sobrinho.

Fala ele dando-lhe um tapa nas costas, Akira foi para frente que nem um bonequinho frágil, ele geme de dor e olha para seu tio com uma cara de surpresa. “Que quebrar minhas costas? E só falar, eu faço isso por você!” pensa, suspirando e massageando o local da dor.

– Para de poluir a mente do garoto seu bastardo. — falou Daichi rindo junto.

– Vocês aí, vamos comer se não vai esfriar a comida. — avisa Fuyuki, que já estava comendo.

Akira se sentou na cadeira e colocou o prato diante de si e passou a comer calmamente, pausada e friamente, como um ser que exerce uma ação mecânica. Nada em sua fisionomia revelava a sensação agradável do paladar. Arakan e os dois homens comiam e o olhavam, seguia com os olhos os movimentos automáticos de Akira, as perguntas se fazendo em cada cabeça ali, o porquê ele estará assim. O garoto pensava no sonho que teve, aquelas sombras reviraram o ambiente daquela floresta, o mesmo em que esteve treinando o corpo que havia caído morto no chão, banhando os matos verdes vivos. As trevas que se formavam em sua volta era total horripilante. “Eu até hoje não entenderei o significado desse sonho maluco!” seus olhos baixaram, encarando suas mãos fechadas e suadas, está nervoso por não entender o motivo de um pesadelo tão quase real.

– É... Tios, acho que vou voltar para meu quarto... Não estou bem!

– O que você tem?

– Acho que dor de cabeça, não sei explicar o que estou a sentir!

– Se a dor estiver piorando... Me avisa que compro algo, tudo bem?

Akira empurra o prato para frente e se levanta, ele acena com a cabeça logo saindo sem falar algo. Arakan olha para o rapaz que a pouco estava ali sentado e quieto, sentia um incomodo vindo nele, mas se fosse para arrancar alguma informação do Uchiha Senju, teria que fazer sua famosa cara de animal louco e uma voz fria, coisa que ele fazia muito bem. O Uzumaki inclinou-se para frente e uni as mãos, fazendo com que seu rosto ficasse sombrio e um olhar ameaçador e selvagem, seu famoso estilo bad Boy estava ativado e bem mais sobrenatural.

– Vai me falar o que está acontecendo ou terei que arrancar de você, Daichi? — pergunta ele puxando um cigarro e um isqueiro.

– Não precisa fazer essa pose... — fala Fuyuki suando frio.

– Hm?! Você sabe de algo Fuyuki? — pergunta olhando para ele, pelo canto do olho, tornando a imagem mais assustadora do que a primeira, Fuyuki gela nesse momento.

– N...Não...

– Tem certeza?

– Meu... Eu sou inocente cara!

Daichi ri, mas logo seu modo sério fica visível em seu rosto, ele encara Arakan logo falando:

– Vou contar, mas... Nem invente de fumar perto de mim. — diz Daichi ameaçando ele com um olhar frio.

– Tá bom.

– Akira teve um pesadelo! Ele me explicou detalhadamente, mas ainda não sei o que significa algo tão... Estranho... Para um hospedeiro do Benu... Geralmente os sonhos que ele tem acontecem... Ele está preocupado...

Rapidamente lembraria do grito que Akira deu ontem a noite e, sorri acenando para seu amigo, olhando para Daichi e desfez sua postura, Arakan andou até a janela logo colocando as mãos sob a madeira e a abrindo por completo.

– Isso é preocupante não?

– Sim...

– Mas nem todos os sonhos que ele tem se torna realidade! — sua voz soou um pouco calma, Fuyuki se levanta logo jogando as palmas na mesa. – Devemos contar logo para ele que Akira é o hospedeiro do Benu.

Seu olhos sobre a janela e seu semblante quieto, tenta ver algo de longe, mas apenas vê os pássaros e algumas pessoas andando e mas de longe apenas vê o monumento dos Hokage. O homem suspira quieto olhando para longe.

Aquele ruivo voltava seu olhar para trás analisando novamente Daichi com um olhar estupefato, e Fuyuki sério.

– O que você acha Daichi? Devemos falar? Ou deixar isso para mais frente?

As últimas palavras pareciam escalar-se dos lábios do rapaz, seu olhar sério e nada feliz.

– Vamos esperar ele se acalmar, não precisamos contar isso agora, não se esqueçam que nosso mestre pediu para cuidar dele e não fazer ele ficar apavorado com si mesmo...

Fuyuki mordeu os beiços.

– Tem razão

– Como eu esperava... Vou dar uma grande volta e ver se acho um membro do meu clã aqui, sei lá... Esfriar a cabeça...

– Fala algo tão besta que parece até um membro do clã Uchiha extinto...

– Daichi, seu clã também né lá grande não!

– Pega leve irmão!!! — fala o homem erguendo as palmas. – Sabe nem brincar!

– Puts, brincadeira sem graça...

– Hm... Vamos fazer assim... Eu e você, que tal irmos em Sunagakure? Visitar seu amigo!

– Pode ser... Me espera, vou só tomar banho!

Diz ele saindo e deixando os dois sozinhos, Fuyuki olha para Daichi, depois se senta perto dele, colocando as mãos sobre a mesa e puxando um corpo que continha ainda resto do líquido, ele bebe de uma vez. “Boa Daichi, distraia ele mesmo que hoje ele anda muito bad Boy!” pensa o homem sorrindo.

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