Capítulo 13

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Em poucos dias corridos, chegaria o dia que os garotos teriam que ir para a academia ninja, já era claro isso. Na casa principal do Clã Hyūga, seus olhos lentamente se abrem, o perolado agora encarando o vazio de seu quarto, contendo algumas coisas. Kazumi como de costume, primeiro se espreguiçou mesmo estando deitado na cama, ele aos poucos foi saindo e se erguendo, fazia o máximo de esforço para se manter de pé. Os passos lentos foram dados até a porta, a abriu devagar e seguiu rumo até a sala. Kazumi via suas irmãs e seu pai adotivo, pareciam perdidos na conversa que se mantinha ali, então, passou reto desejando um bom dia para os três que o olharam curioso com o desânimo do Hyūga Uchiha. Kazumi tinha uma expressão para baixo e não estava sorrindo, ao contrário, seus lábios fechados e sérios, os olhos caídos e o corpo praticamente parecia morto. Sua mãe adotiva fazia o café da manhã, estava tão calma que até deu sono para o garoto.

– Bom dia mamãe.

Falou indo com os passos lentos até a mulher, que pois a sua atenção a o seu adorável filho, entre as duas garotas, Riko Hyūga gostava muito do Kazumi, pois ele era o único que a obedecia sem reclamar. A mulher amarrou um sorriso na cara e com a voz suave, diz calmamente:

– Bom dia, meu filho. Como você dormiu? Está melhor da dor de cabeça?

E se colocou a fazer seu ritual, ela selou seus lábios na testa do garoto e se afastou. Virando para desligar o fogo.

– Um pouco, a dor de cabeça passou mas a dor do coração ficou.

– Ainda sente a falta da Aisha-chan.

– Claramente que sim... — respondeu o garoto virando a face. – Mas, como o papai diz, uma hora todas as lembranças passará e a dor se guardará.

– É um homem que sabe observar, foi isso que me chamou atenção nele. — confessou-se sem enrolação. – Gosto de muitas coisas do seu pai, mas o principal dele, é o modo como ele sabe conversar com alguém.

– Antes de mais nada. — Kazumi se ergueu. – O que é o amor para a senhora?

– Bem. Para mim, o amor nasce em uma forte afeição por outra pessoa, assim como eu senti para o seu pai, quando o conheci ele era um garoto muito feliz, fazia todos rirem... Também tinha um grande coração. Amor é um laço de consanguinidade ou de relações sociais. Acho que esse é meu jeito e o jeito dele amar, tem várias formas de amor, meu filho. Está gostando de alguém? — perguntou a mulher.

– Não, só queria tirar uma dúvida.

Riko deixou escapar um gesto de dúvida.

– Você não está me escondendo nada não né? Seria triste se estivesse...

– Creia em mim, não estou escondendo nada, mamãe!

Riko não insistiu mais. Lembrou-se que ele não era de esconder nada dela, até os maiores sentimentos fortes e envergonhados Kazumi a falava, sem expressar vergonha. Era um livro aberto para todos os leitores, podendo ser seus sentimentos. Kazumi era um garoto que odiava esconder algo de sua mãe e seu pai. E principalmente de seus amigos, como Naruto, ele sabe todas suas dores e sonhos.

– Tudo bem, venha tomar seu café.

– Obrigada mamãe.

Em sua passagem para a mesa, Kazumi puxou uma cadeira e se sentou, se pôs a tomar seu café com calma, enquanto pensava na vida, a verdade doía, perder alguém que mais ama, como seria ele se perdesse seus pais adotivos? Nem por um milhão ele queria descobrir a dor da perda, apesar de que já sentiu isso, mas ele foi preenchido pelo amor e carinho de seus pais e irmãs adotivas.

“Eu só espero que Kenji-san esteja melhor com sua dor...”, pensou ele mordendo um pedaço do pão.

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