Chapter Seven

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Qualquer erro me avisem, por favor.

Boa leitura <3

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Em comparação, Londres parecia um sonho descolorido. Assim que desembarcou do trem, ele teve que fingir sua excitação, pegando Lily nos braços e girando-a como se seu coração não pertencesse a um apartamento na França, a um homem a quem ele havia confessado seu amor e depois deixou dormindo, incapaz de acordá-lo, porque sabia que não seria capaz de dizer não quando pedisse para se juntar a ele mais uma vez.

A casa, pelo menos, estava muito melhor do que ele esperava. O dano não podia ser visto do lado de fora, e foi bem contido pelo cozinheiro, cuja ação rápida provavelmente salvou a casa inteira. Ainda assim, era um trabalho que precisava ser supervisionado, e que tipo de marido ele seria se não ficasse para supervisionar o trabalho e aprová-lo? Permitir que sua esposa fizesse tais coisas teria sido desaprovado na melhor das hipóteses.

— Como está o pupilo de Sirius? — Lily perguntou quando eles estavam seguros em sua carruagem. 

James olhou para o chão.

— Não é esperado que ele dure a semana.

— Ah James. Eu sinto muito, eu não deveria... por favor, volte, eu posso lidar com isso.

— Eu sei que você pode — Ele colocou seu melhor sorriso falso — Mas é meu dever. Eu me despedi e voltarei quando a casa estiver arrumada e você estiver novamente em segurança nela.

— Você acha que ele vai ter um funeral?

— Não tenho certeza — James disse, franzindo a testa. Ele não tinha pensado se Remus era do tipo que faria um funeral, mas ele supôs que eles fariam. Provavelmente seria uma coisa privada, algo apenas para os irmãos, e talvez se eles tivessem clientes regulares de sua lojinha estranha. James assumiu que também seria convidado se houvesse um caso desses, mas também não queria se intrometer. Desta vez foi para Sirius se despedir, e nada mais, ele não precisava de James escrevendo para ele apenas para lembrá-lo de que o tempo de Remus era limitado. Com certeza, conhecendo Sirius, ele lutaria até o exato momento em que a alma de Remus deixasse seu corpo. Isso o quebraria, e seria terrível, mas James prometeu a Remus que o ajudaria da melhor maneira que pudesse.

— Sei que não o conhecia, mas gostaria de ir, prestar meus respeitos, se possível —  disse Lily.

— Não sei se essa seria a melhor ideia. São pessoas muito reservadas.

— Só para ser educada — Ela empurrou — Eu conheci Sirius depois de tudo.

James deu a ela um meio sorriso. 

— Talvez. Se ele morrer quando eu estiver aqui, tenho certeza que eles vão me escrever para me contar as novidades, e podemos decidir então, certo?

— Tudo bem — Ela concordou.

Os reparos aconteceram rapidamente e, felizmente, com Lily ficando na casa de Devonshire, ele não precisava se preocupar em passar noites com ela. Em vez disso, ele ficou acordado em sua casa, escrevendo cartas que nunca pretendia enviar para Regulus e as escondendo sob o piso com sua outra escrita. Ele trabalhou em vários contos, a maioria deles girando em torno das vidas pessoais de Prongs e Corleonis à medida que se aproximavam e, por sua vez, as histórias mais picantes por natureza. Era a única coisa que ele queria escrever, a única história que achava que valia a pena escrever, mesmo que o enchesse de uma culpa imensurável. O que ele não faria para ter Regulus aqui com ele, que os olhos indiscretos e rumores fossem condenados. Certamente os rumores dificilmente seriam suficientes para fazer uma acusação, e uma vez que ele estivesse de volta em segurança na França, tudo ficaria bem.

𝐌𝐮𝐬𝐞 𝐈𝐧 𝐒𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora