Capitulo 5

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(C). Lucas retribuiu o beijo por alguns segundos depois me empurra e se levanta.
(L). Nunca mais faça isso. Ouviu bem? Nunca mais.
(C). Bem que você gostou.
Nesse momento mais uma trovoada forte aconteceu e o raio cortou o céu e Lucas deu seu tradicional grito me fazendo rir.
-. É você realmente não mudou.
(L). Nem você seu idiota.
(C). Seguro Lucas mais uma vez e beijo sua boca com rapidez, meu corpo precisava do dele, sua pele,seus toques.
Lucas se solta dos meus braços, limpa meus beijos e monta no seu cavalo sem me dirigir mais a palavra meu coração está saltando de alegria, meu amor voltou e eu vou conquista-lo de novo.
(L). Não entendo essa necessidade que meu corpo tem pelo dele monto no meu cavalo consigo levar o boi e vou em direção a fazenda meus pensamentos estão uma bagunça.
(Babal). Lucas o que aconteceu, você pegou essa chuva toda.
(L). Peguei.  Alguns boi fugiram e eu fui trazê-los de volta.
(Babal). Vá se trocar, pra não pegar um resfriado.
(L). Vou pro meu quarto e Heitor vem logo atrás.
(Heitor). Amor deixa que eu te ajudo.
(L). Enquanto beijo Heitor me lembro do beijo de Carlinhos. E isso não é possível... Ele está mais vivo do que nunca nos meus pensamentos.
E Isso não pode acontecer. Falo me afastando de Heitor.
(Heitor). O que não pode acontecer Lucas?
(L). Isso Heitor, é uma falta de respeito. O velório está acontecendo ali na sala vamos logo.
Troco de roupa e voltamos para sala eu preciso ir embora desse lugar o quanto antes.
Momentos depois Carlinhos surge  lindo com o terno preto e cabelos molhados.
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(C). Sentir Lucas nos meus braços mais uma vez era mais do que eu podia imaginar, seus lábios carnudos nos meus fazeram meu coração acelerar. E sua marra continua igual, continua ranhento.
Vou até em casa troco de roupa e agora que sei que ele está aí preciso ir bem apresentável.
Só você mesmo Carlinhos para não ter pensado nessa possibilidade, era claro que Lucas viria afinal era o pai dele que havia morrido. Então aquele carro vai cedo era ele que estava chegando.
Me arrumo e vou em direção a sua casa eu pareço um adolescente. Chego e logo  avisto  Lucas ao lado de seus irmãos e meu sorriso logo brota nos lábios, mas um segundo depois ele murcha ao ver um tripa seca chegar e abraçar  Lucas por trás depositando um beijo  em seu pescoço.
(Ednalva). Vejo Carlinhos chegar com os cabelos molhados, eu conheço aqueles olhos e aquele sorriso o acompanho e seu olhar vai em direção a Lucas que está com o namorado, Carlinhos se vira para ir embora no impulso mas eu me aproximo dele.
-. Fique firme irmão. O puxo pelo braço até mamãe.
(C). Que loucura eu fiz, Lucas tem namorado. preciso sair daqui. Mas Ednalva não permite,
me fazendo ficar.
- Que papel de trouxa eu fiz e agora como eu vou agir?
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(C). Bah, Aja naturalmente diz minha mente, mas meu coração me diz outra coisa. Vou até a sua mãe e digo: Dona Telma meus sentimentos,eu sinto pela sua dor.
Ela me estende a mão. Eu me aproximo de Babal e Tiago ainda somos amigos e até saímos juntos para beber às vezes.
-. Eu sinto muito. Abraço eles. Vocês sabem que podem Sempre contar comigo né.
Eu passei por isso e sei o quanto é difícil... É como se tirassem o nosso chão. Mas tudo volta se acertar, me viro para Lucas e digo: LUCAS...
Estendo a minha mão em sua direção.
Lucas me olha e o sanguessuga, vulgo tripla seca agarrado em seu corpo o solta e ele me estende a mão de volta.
(L). CARLINHOS...
(C). Aperto sua mão e nesse momento falta luz e Lucas projeta seu corpo para frente me abraçando rapidamente.
-. Medroso como sempre em Lucas Guimarães.
Roço meu nariz em seu pescoço sentindo seu cheiro beijo seu pescoço e o solto quando a luz volta rapidamente.
Lucas somente me olha e eu me dirijo para o lado de mamãe.
(Ednalva). Vocês dois não tem jeito. Falo ao seu ouvido.
(C). O que? Eu não fiz nada.
(Ednalva). Eu bem vi a troca de olhares, ele é comprometido Carlinhos.
(C). Ednalva não me enche.
(Maria). Vocês dois parem agora mesmo.
(C). Vou em direção contrária comprimentando algumas pessoas evitando olhar para Lucas.
(L). Fiquei incomodado com a presença de Carlinhos ali.
Me viro para os meus irmãos e digo: Não sabia que vocês eram tão teus (amigos) de Carlinhos?
(Thiago). E por que não seríamos? Ele é um ótimo teu.(amigo)
(L). Depois de tudo que aconteceu vocês conseguiram perdoá-lo?
(Babal). Não há o que perdoar Lucas, foi um mal entendido na hora de desespero. Tudo foi esclarecido se você tivesse ficado aqui ao invés de fugir, você saberia. E eu acho que está na hora de você rever os seus conceitos chega de tanta amargura.
(L). Capazzzz.  Volto para perto de Heitor e fico analisando todos ao meu redor.
Passamos a noite velendo o corpo de papai, o cortejo saiu assim que a chuva deu uma aliviada pela manhã, depois do sepultamento todos foram embora nos deixando a sós.
Agora era só esperar a leitura do testamento para eu poder enfim partir desta cidade.
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(Cesar). Fui transferido para 15° DP de Garibaldi, o delegado anterior foi afastado por corrupção ele arquivava os casos sem solução. E eu sou melhor nessa área criminalista, me encobriram de desvendar um caso de 9 anos atrás, Roberto Maia morto por envenenamento no meio de uma festa.
Me reuni com minha equipe e pedi que me passassem o que lembravam do caso e me  descem todos os relatórios arquivados.
Alguns policiais zombaram dizendo que esse caso havia sido há muito tempo e que a fama de Garibaldi eram crimes sem soluções, mas eu afirmei que isso iria mudar e aqueles que não colaborassem iriam estar fora da minha jurisdição era novos tempos.
Eu mal cheguei e já apareceu um caso de suicídio para cuidar.
Adalberto Guimarães 58 anos, encontrado morto no celeiro de sua fazenda.
Vizinho de Roberto Maia morto a 9 anos atrás.
Coincidência ou destino...
Eu não acredito nenhuma das duas coisas.
Eu acredito em fatos, provas e motivações.
Suicídio ou homicídio?
Preciso averiguar bem. Que tal uma visitinha aos Guimarães.
Pesquiso tudo que preciso saber antes dessa visita estratégica.
Adalberto Guimarães, casado com Telma Souza, três filhos um mora no exterior maior produtor de gado da região. Depois de todos os dados conferidos vamos lá me encaminho a fazenda dos Guimarães.
(Babau). Estávamos nos preparando para almoçar depois do enterro quando recebemos uma visita inesperada.
(César)-. Boa tarde a todos, desculpa eu chegar assim sem avisar.
(Babau). Boa tarde, você é?
(Cesar). Sou César xadrez. Falo esticando a minha mão para cumprimentá-lo.
-. O novo delegado de Garibaldi e vim colher algumas informações sobre o caso da morte repentina de seu...
Bom, acredito que seja seu pai.
(Babau). Sim, meu pai. Mas o caso foi dado como suicídio então não entendo tchê...
(Cesar). Quem deu como suicídio? Porque eu acabo de chegar à cidade. Cheguei ontem na verdade pra ser mais exato.
(Babau). O delegado Vitório...
(Cesar). Entendo... Vitório foi afastado das suas funções por não cumprir direito a sua missão.
Então eu posso entrar?
(Babau). Mas bah... Me desculpe, entre por favor.
Me chamo Emanuel mas todos me conhecem como Babau, vou reunir todos na sala fique à vontade.
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(Cesar). Enquanto o Filho sai para chamar os outros eu observo tudo ao meu redor e faço anotações.
Emanuel volta com sua mãe Telma e seu irmão Tiago "o advogado."
Colho todos os depoimentos e anoto as informações.
-. Por agora acho que  isso é suficiente.
Emanuel e Thiago estavam fora na hora da morte na fazenda vizinha em um aniversário. Mortes em Aniversários interessante.
Lucas não mora na cidade e Dona Telma estava sozinha em casa.
Seu Adalberto estava no escritório e não foi visto sair de lá,só deram falta dele pela manhã.
Mas ele não foi visto por ninguém, nem por um empregado, nada?
(Telma). Bah, não que eu saiba. O senhor está insinuando algo doutor?
(Cesar). Eu?  Não. Estou só contestando fatos.
(Tiago) Capaz... Eu acho que o senhor está tentando nos coagir, tchê?
(César). Eu teria motivos para isso, doutor Tiago?
(Tiago) Não! Papai se matou, foi uma fatalidade, caso encerrado.
(César). Veremos. Bom eu preciso ir, mandarei uma equipe da perícia analisar o local e qualquer coisa volto a procurá-los.
(Telma). Estamos à disposição doutor César.
(L). Estava entrando na sala quando vejo um homem diferente conversando com mainha e meus irmãos.
-. Boa tarde.
(César). O filho do meio presumo,Lucas...
(L).Como...
(César). Um dos filhos do falecido.
(L). Sim e você? Falo olhando para meus irmãos.
(César). César o novo delegado da cidade, estico minha mão em sua direção para cumprimentá-lo.
- Prazer Lucas.
Sou o responsavel pelo caso do seu pai.

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