Capítulo 12

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(L). Levantei cedo e me reunir com os empregados, caminhei por toda a fazenda entendendo todo o trabalho que é feito por aqui. Me reconectei com cada pedacinho de terra e não era nem meio-dia e eu já estava completamente apaixonado.
Nem parecia que eu vivi tantos anos longe.
Cavalguei pelo pasto, vi de pertinho nossos bois, verifiquei a ração, a validade das vacinas, medicamentos, pedi relatório sobre a reprodução dos bovinos e relatório de controle de doenças.
Paramos para o almoço e eu fui tomar um banho enquanto mamãe terminava de pôr a mesa.
(Heitor). Amor, que bom que chegou. Dou-lhe um selinho. Aonde você se meteu a manhã inteira?
(L). Aonde? Fui conhecer os empregados quem são, afinal eles vão trabalhar pra mim agora.
Os animais,  ver os materiais que  estavam falando.
-. E você o que andou fazendo?
(Heitor). Eu... Estava aqui no quarto cheio de ideias para o laboratório já entrei em contato com alguns amigos incentivadores de pesquisas que estão me apoiando e querem abrir um fundo de despesas para ajudar na elaboração do laboratório.
(L). Heitor calma, calma que euforia toda essa? Nós precisamos conversar e analisar tudo direito para ver se realmente vale a pena.
(Heitor). Que conversa é essa Lucas? A gente já conversou e tudo estava certo o que mudou?
(L). Não. Não... Você falou e eu disse que eu ia pensar.
(Heitor). Você está enganado amorzinho.
Tiro sua camisa beijando o seu pescoço.
Nós conversamos e concordamos com o laboratório se esqueceu.
Falo beijando seus lábios.
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(Heitor). Lucas me dá um selinho mas logo se afasta de mim, mas eu o seguro.
- O que houve?
Lucas não me faça uma coisa dessas, eu quero o laboratório pronto o mais rápido possível para poder trabalhar senão o que eu vou ficar fazendo aqui?
(L). Isso mesmo. O quê? É bom você pensar em um plano b hein...
Falo saindo dos seus braços indo para o banheiro.
Heitor vamos almoçar e depois nos reunimos no escritório, preciso tratar de negócios administrativos com meus irmãos e esse assunto está na pauta.
Agora me deixe tomar um banho sossegado.
(Heitor). Saio do quarto indo em direção a varanda.
Esse imbecil não podia fazer isso comigo. Tenho que convencê-lo a criarmos esse laboratório preciso do nome dessa fazenda para meu real objetivo minhas pesquisas de clonagem humana, os meus chefes estão contando comigo.É uma nova área na organização e pra eu crescer lá dentro eu preciso que essas pesquisas dêem certo.O plano é perfeito enquanto faço aparentemente a clonagem animal, eu faço meus estudos clínicos com genes humanos.
Eu  preciso dos recursos que os Guimarães podem me dar e além da  visibilidade também.
Se eu não convencer Lucas, preciso convencer os seus irmãos afinal são eles que tem a área financeira nas mãos.
Só preciso saber se eles são tão ambiciosos quanto eu.
Preciso sondar o terreno que estou pisando.
Eu só sei de uma coisa Lucas não vai ficar na minha frente... Porque se ele ficar eu atropelo ele.
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(L). Depois do almoço nos reunimos no escritório Thiago, Babau Heitor e eu. Falamos sobre as áreas burocráticas da fazenda, as melhorias, até que chegamos ao assunto laboratório, Heitor tomou a palavra.
(Heitor). Para começar eu preciso explicar para vocês três, o porquê investir nos laboratórios e principalmente investir na pesquisa.
Vamos primeiro falar de lucros.
Um clone sadio com 30 dias de nascido custaria de 59 a 150 mil reais a sua venda.
(Babau). Bah isso é  bom. Barbaridade tchê, na verdade é muito bom.
(L). É, mas vamos pensar nos danos que isso pode trazer também, não só nos lucros.
(Heitor). Espera Lucas.
Vejam bem, a clonagem de bovinos é uma técnica que permite a cópia pela reconstrução embrionária, a partir das células somáticas.
(L). Heitor, eu entendo seu entusiasmo. Mas precisa entender que precisamos ser cautelosos é uma técnica muito nova ainda no mercado.
(Heitor). Não Lucas... Você não está me entendendo.
Me levanto e mostro todos os meus projetos em folhas.
Presta atenção Lucas, nós podemos fazer um multiplicador de animais de alto padrão e  com um elemento-chave no aprimoramento genético.
(L). Eu sei meu bem, mas você pode me ouvir só um pouquinho... É arriscado.
(Babau). Arriscado quanto tchê? Porque se os lucros estiverem certos, como estão aqui nessas planilhas vale muito a pena.
(Heitor). Não só estão Como pode multiplicar ou duplicar dependendo de como sairá a clonagem.
(L). Eu não posso me deixar envolver por números afinal eu sou médico veterinário. E tenho que impor a minha opinião.
(Heitor). E eu sou médico geneticista. Você está desacreditando do meu trabalho?
(L). Bah Claro que não, eu tô dizendo que a pesquisa é boa mas há riscos, como qualquer pesquisa pode nascer bezerros com doenças congênitas deformidades, eles podem ter problemas no pulmão e até doenças degenerativas e eu não estou falando de um,eu estou falando de vários.
Heitor pare e pense um pouco.
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(Heitor). Amor, isso é um risco a se correr. Escuta o agronegócio brasileiro é representado por 23,5% do PIB é novo... é um importante alicerce.
O Brasil é o dono do segundo maior rebanho bovino do mundo com 215 milhões de cabeça de gado perdendo apenas para Índia e essa estimativa vai aumentar até 2050.
(Thiago). Você estudou mesmo hein...
(L). É. Ele está empolgadíssimo. Falo olhando bem dentro dos olhos de Heitor.
(Heitor). Claro amor. Podemos começar com a raça nelore ou Girolindo são uma das melhores aqui no Brasil e o mais importante dessas raças é que poderemos usar como reprodutores no futuro, ou seja gera economia para gente.
Me viro para seus irmãos que estão com os olhos brilhando e digo:
Vocês já pensaram que podemos fazer além de clones para vendas, podemos fazer leilões de embriões. Eu já pesquisei e cada lance sairia com o início de trinta mil reais.
(L). Ou... ou...ou... Você está indo longe demais Heitor.
(Babau). Capaz(imagina) Lucas. Deixa o Heitor falar,ele não está indo  longe. Lucas é o futuro e é para longe que queremos ir. Imagine fazenda Souza Guimarães a número 1 do mercado brasileiro em clonagem vai ser demais.
(Heitor). Eu tenho alguns patrocinadores que colocariam algumas verbas e nós entraremos com o resto mas precisamos do laboratório pronto para que esse patrocínio fosse dado como certo.
Isca jogada com sucesso espero que esses palermas aceitem logo.
(Thiago). Me passe tudo que essas empresas têm de contrato e de parte burocrática que eu vou analisar para fecharmos a parceria.
(Heitor). Considere-se feito.
(Babau) Negócio fechado.
(L). Babau...
(Babau). Bah guri, não se meta.Lucas você conhece bois e fazenda não entende nada de parte financeira, pelo jeito seu noivo pensa como eu.
Para frente é que se anda o avanço e a tecnologia são as armas desse negócio, então é pra lá que vamos.
E sem pelea cada um fazendo sua parte, você não se mete na minha que eu não me meto na sua.
Heitor, negócio mais que fechado.
(L). Saio do escritório furioso e me dirijo para frente de casa.
(Heitor). Preciso consertar as coisas, Lucas é o meu certificado de ouro, não posso colocar tudo a perder a organização precisa disso está sendo muito difícil nos estabelecermos no Brasil sem sermos descobertos, preciso implementar essa prática de clonagem humana por debaixo dos panos através da fazenda Guimarães. Eles serão o nosso injetor principal, a clonagem bovina vai esconder a humana esse plano é perfeito.
-. Lucas, amor... Vamos conversar.
(L). Eu não quero conversar, não agora. Eu preciso voltar para o trabalho mais tarde quando eu chegar e se eu estiver mais calmo, a gente conversa.
(Heitor). Não entendo porque está bravo comigo?
(L). Bah não entende.
É essa situação, eu acho prematura e inoportuna para o momento.
(Heitor). E eu já acho perfeita, já que é tempo de mudanças por aqui.
(L). Viu só... Ezequiel por favor meu cavalo.
Até mais tarde. Desço as escadas e vou encontrar com Ezequiel que traz o meu cavalo deixando Heitor na varanda.
(Heitor). Lucas... Lucas...
Preciso convencê-lo só não sei como.
Eu preciso pensar, vou direto para o quarto arrumar uma solução para esse problema, vou ligar para o chefe quem sabe ele não me dá uma luz.
Preciso manter Lucas na linha.
(L). Monto no meu cavalo e vou cavalgando pela propriedade até que chego na cerca que divide as fazendas. Me lembro de como eu gostava de me esconder aqui quando brigavam comigo.
Desço do cavalo amarro ele embaixo da árvore e passa pela cerca caminhando pelas parreiras de uvas roxas, que estavam lindas com a luz do sol a bater nelas.
(C). Estou analisando as folhas das videiras para ver se tem a presença de pragas e de longe avisto  Lucas que caminhava pelo meio das parreiras na minha fazenda e resolvo me arriar (brincar) com ele.

UM SEGREDO EM UMA TAÇA DE VINHO.Onde histórias criam vida. Descubra agora