Crossed Lives

My boo

Oi bolinhos. Como vocês estão?

Mais uma atualização suave para vocês. Espero que gostem e não se esqueçam de comentar para aquecer meu coraçãozinho e me fazer voltar mais rápido.

Boa leitura!

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Lauren's point of view

- Você só pode estar louca de achar que eu vou mesmo sentar nisso.

Falei com convicção enquanto olhava para cima e admirava a altura absurda daquela montanha russa em formato do cachorro Slinky do filme Toy Story. Desci o meu olhar novamente para a altura natural dos meus olhos e encarei não só uma Camila de olhos cerrados, mas como também uma Jamie de cenho franzido e braços cruzados. Estávamos no nosso quinto dia de viagem e já havíamos visitado todos os parques da Disney que Jae quis conhecer e na medida da possibilidade do seu tamanho e idade, sempre levávamos a pequena nos brinquedos que ela tinha vontade.

O problema é que eu corri de todas as montanhas-russas até agora. Detesto esse brinquedo que faz a gente andar numa velocidade absurda como se fôssemos em direção à morte enquanto nos joga para todos os lados, embrulhando um órgão no outro dentro de nós.

- Qual é Lo, essa não é alta e é uma montanha-russa infantil – ela apontou para a atração quando os carrinhos passaram voando ao nosso lado – É literalmente o formato de um cachorro! Tem como ser mais fofo e seguro?

- Porque não vão só vocês duas? Foram em todas as outras – tentei argumentar quando a fila andou, pelos meus cálculos estávamos perto de entrar no brinquedo. Jae tombou a cabeça para o lado, me encarando com certo tédio – Podemos ir no Dumbo?

- Ah não, Lauren. Não vou voltar no Magic Kingdom pelos próximos dez anos, nem a Jamie consegue aguentar as atrações de lá.

- Vamos mamãe, por favooor! – fez um biquinho lindo e mais uma vez o brinquedo passou perto de nós, me fazendo arrepiar de aflição pela velocidade.

- Ou é o Slinky ou o Hollywood Tower, você escolhe – Camila sorriu de maneira maliciosa e Jamie olhou para a mãe empolgada.

- ISSO MAMÁ! – literalmente gritou – Vamos no Hollywood Tower.

- Não, não, não – repeti negando mais para mim mesma do que elas, balançando a cabeça em negação – Vamos aqui, nada de torres, quedas e sustos.

Camila riu com um olhar vitorioso estampado em seu rosto. O brinquedo estacionou e mais uma vez a fila andou, porém antes que pudéssemos entrar, o fiscal do brinquedo avisou que só tinha espaço para mais duas pessoas, então deixamos um casal atrás de nós passar na frente. Camila me olhou assim que o homem se afastou e o sorriso que enfeitava o seu rosto tinha certa malícia por trás dele, então a latina encarou nossa filha e disse algo que me arrepiou da cabeça aos pés.

- Vamos na ponta Jae!

Minha filha comemorou e as duas fizeram o toque especial delas, observei a cena sentindo o meu estômago revirar pela ansiedade de entrar naquele brinquedo. Poucos minutos depois o operador da atração retirou os passageiros da recém viagem e abriu os pequenos portões de cada gôndola para que nós entrássemos. Camila segurou na mão de Jamie e as duas andaram em passos apressados até o banco mais próximo da cabeça do cachorro, sentando Camila no canto interno e Jae no externo.

Quase desmaiei quando me dei conta de cada carrinho só cabiam duas pessoas. Eu iria passar vergonha em público ao lado de um desconhecido.

Me sentei no banco logo atrás das duas e um menino de mais ou menos oito anos sentou ao meu lado. Segundos que pareceram séculos se passaram e então os carrinhos se movimentaram, me fazendo fechar os olhos sem nem que o brinquedo tivesse ganhado altura ou velocidade.