Crush: o melhor amigo do meu irmão

De volta para casa

Hope:

—EU não posso ir agora Will!—falei.
—Qual é irmã?—ele choramingou fazendo biquinho—Me ajuda vai, só desta vez!
—Will, existem várias outras modelos por aí que fariam até melhor do que eu!—falei.
—Mas o cliente foi categórico em dizer que queria você e Petter Sprouse nessa campanha!—ele insistiu.
—Eu estou ocupada agora!—falei—Tive que dar uma pausa na sessão de fotos apenas para atender sua chamada de vídeo!
—Irmãzinha, eu estou desesperado!—ele disse.
—Quem é Will?—era uma voz masculina.
Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar do mundo.
James  Scott!
—Socorro irmão!—Will choramingou —Me ajuda a convencer a Hope aqui!
—É sobre o cliente da campanha de moda praia?—ele perguntou aparecendo na câmera—Oi Hope!
Ele sorriu.
—Oi James!—falei.
—Não tem como você ajudar a gente?—ele questionou—Estamos desesperados, sabemos que você é muito ocupada, nós não a incomodariamos se tivesse outra opção!
—Irmãzinha, quebra essa vai!—Will falou—Nosso sucesso é o seu sucesso também!
"Oi gente!"
Olhei para ver quem era e vi Petter entrando no estúdio e cumprimentando a equipe.
Ascenei para ele.
—Quem tá aí?—James questionou.
—Ah, é o Petter!—respondi.
—Ótimo, fala com ele sobre a campanha!—Will pediu.
—Não posso fazer isso!—neguei—Ele também trabalha!
—Oi Hope!—Petter me cumprimentou com um beijo no rosto.
—Oi Petter!—sorri para ele.
—Oi rapazes!—ele os cumprimentou sorrindo—Tudo bem?
—Na verdade, não muito!—Will começou—Hope deve ter te falado que o James aqui, e eu temos uma agência de publicidade, certo?
—Sim, ela comentou algo!—Petter disse.
—Acontece que temos um cliente bem importante, que trabalha com moda praia!—ele disse—E ele insiste que só fecha conosco se conseguirmos vocês dois para a campanha dele!
—Moda praia?—Petter pensou—Quando seria?
—Uma semana!—James respondeu—Mas tudo bem se não...
—Nós podemos!—Petter sorriu—Faz tempo que não vejo minha família mesmo!
—Tudo bem para você?—questionei.
—Claro!—ele sorriu acariciando meus cabelos.
—Ótimo!—Will vibrou—Eu agradeço muito.
~Chamada de vídeo off~
—Will, só me mete em problemas!—queixei.
—Ora, vamos lá, está morrendo de saudade da sua família!—Petter disse.
—Estou mesmo!—sorri—Obrigada por isso!
—Relaxa, o que eu não faria por você?—ele sorriu.
Retornei a sessão de fotos e terminei o dia exausta.
Os dois dias que vieram a seguir tivemos coletivas de imprensa, e sessões de fotos juntos, um evento a noite, e mesmo estando mortos de cansaço pegamos um vôo de Páris para New York no dia seguinte.
Desembarcamos na aeroporto por volta das 16:00 da tarde.
Mal dormimos no vôo, ambos tínhamos problemas em dormir em lugares com muita gente.
Após tirarmos fotos com metade do aeroporto, alugamos um carro no aeroporto e fomos direto a agência ver meu irmão.
Lógico que eu queria ver o melhor amigo dele, crescemos juntos, mas eu não tinha expectativa nenhuma com relação a isso.
Durante esses quase dois anos que passei em Páris, me concentrei em mim, conheci pessoas, tive flertes curtos, namorei alguns caras, e finalmente entendi que havia vida além de James Scott, eu estava feliz por finalmente entender que a possibilidade amor correspondido não existia entre nós.
Eu não sabia como seria quando eu o reencontrasse, mas de uma coisa eu tinha certeza, eu não seria mais aquela garota ingênua que vivia na cola dele, e que ficava despedaçada ao vê-lo com outras mulheres.
Talvez eu ainda o amasse, mas não seria mais aquela garota boba.
Agora eu era a dona das minhas vontades.
Desci do carro em frente a agência e Petter o estacionou e ficou esperando por mim no carro.
Entrei pela porta a passos firmes, o caminho que fiz muitas vezes e nunca era notada, agora todos olhavam para mim.
Ouvi as pessoas comentando sobre mim.
Peguei o elevador e desci no andar do escritório do Will.
—Willian Mc'Adams, por favor!—falei com a recepcionista.
—Hope Mc'Adams?—ela questionou.
—Sim!—sorri para ela.
—Uau, você é tão mais bonita pessoalmente!—ela me elogiou.
—Obrigada!—agradeci—Will está?
—Sim, senhora!—ela disse—Pode entrar!
Agradeci e me afastando da recepção dei três batinhinhas na porta.
—Entra Célia!—era a voz dele.
—Meu nome é Hope, não Célia!—corrigi ao entrar.
—Irmãzinha!—ele disse eufórico.
Se levantando as pressas da cadeira Will correu até mim e me abraçou apertado.
—Quando você chegou?—ele questionou me abraçando.
—Há mais ou menos uma hora!—respondi—Vim direto do aeroporto!
—Ver o James, não é?—ele brincou se afastando de mim.
—Ver você!—bati em seu nariz com a ponta do dedo—E ele também!
—Eu senti tanta saudade de você!—ele disse me abraçando novamente.

James:

Ousada.
Ousada demais.
Tudo era muito ousado para ela.
Ela era uma garota doce, não tinha nada a ver com aquelas fotos sensuais.

O catálogo era de uma marca de lingerie do mês passado, Hope era modelo da capa.
Incrível como ela conseguiu esconder aquele corpo por anos.
—Não acho que isso vá funcionar!—falei fechando a revista—São fotos de moda praia, o conceito é diferente!
O cliente sorriu.
—Eu sei!—ele disse—Quero apenas que ela mostre um pouco dessa sensualidade ao fazer a minha campanha!
—Conversaremos com ela!—falei me levantando—Em alguns dias teremos uma reunião!
—Espero boas notícias!—ele disse.
Apertamos as mãos e eu fui embora.
Após alguns minutos dirigindo deixei o carro no estacionamento da agência e então entrei.
Ao passar pela porta de entrada ouvi alguns funcionários comentando sobre Hope Mc'Adams.
Estava tudo bem, todos falavam sobre ela mesmo!
Mas o que veio a seguir foi:
—Ela é tão sexy pessoalmente!
Meu cérebro entrou em alerta.
—O quê disse?—questionei—Pessoalmente?
—Sim!—a moça sorriu—Ela chegou há uns 30 minutos aqui, está na sala do...
Nem esperei ela terminar e corri para o elevador que parecia que não ia chegar nunca.
Entrei no elevador e subi para o meu andar.
Corri até a sala do Will e abri a porta.
Ela não estava mais lá.
—E a Hope?—questionei.
—Acabou de sair!—Will falou.
—Merda!—reclamei—Por quê não me avisou?
—Relaxa aí cara!—ele disse—Não é como se ela fosse voltar hoje para Páris!
Suspirei resignado e fui para a minha sala.
Após analisar todos os contratos que haviam sobre minha mesa peguei minhas chaves e fui visitar meus pais.
Eram por  volta das 19:00 da noite quando estacionei o carro em frente a casa dos meus pais.
Quando eu ia tocar a campainha a porta se abriu.
—Hey, James!—ela sorriu para mim.
Era ela.
Hope estava de volta.
Sem pensar muito eu a abracei apertado.