The Diabolik Moon [YEONGYU/BEOMJUN]

Cápitulo - IX

__ Ei Ei, não me diga que está cansado de dançar com meu irmão? - o príncipe se aproximou do humano, falando com seu tom de voz zombateiro enquanto segurava uma taça de vinho, dentre milhares de anos aquele estava sendo o baile mais divertido para o demônio, e pior e mais constrangedor para o humano. - Todos pensam que vocês dois são um casal, está feliz com isso Beomgyu?

__ Nenhum pouco! - reclamou virando o rosto para a direção oposta a do príncipe que riu da atitude infantil alheia. -

__ Que pena, eu estou me divertindo bastante, já viu a cara da Yeji? Está muito engraçada. - falou soltando alguns risos, era certo de que o humano sabia que a mulher de cabelos alaranjados estava irritada, afinal ela tinha certa atração pela majestade e sempre deixou isso claro para que todos vissem, e também estava deixando claro o seu descontentamento com a presença do humano ali como acompanhante da majestade, sentia o par de olhos femininos sobre si a todo instante.

__ Eu notei, ela não para de me encarar, isso está me irritando.

__ Uau, a inveja dela é realmente incrível. - o humano suspirou em frustração, queria apenas sair daquele local e ir para seu quarto, se jogar na cama e esperar pelo sono, porém seria impossível fazer isso naquela noite.

__ Eu irei pegar um drink. - falou se levantando do sofá em que estava sentado, já sentindo os olhares das pessoas sobre si, resmungou um palavrão baixo e começou a caminhar pelas pessoas desejando que elas perdessem seus olhos para então, ter um minuto de paz e sossego.

Caminhou pelas pessoas, ou melhor dizendo, demônios, afinal eram apenas isso para Beomgyu, que estava fazendo ginastica entre os outros na tentativa de chegar até a enorme mesa que estava lotada de comida, ao concluir seu objetivo, o menino respirou fundo recuperando o fôlego que havia gastado desnecessariamente com os demônios da festa. Colocou ambas as mãos sobre a mesa e a apertou com força repetindo a frase "Choi Yeonjun, você me paga." Em sua mente várias e várias vezes, pegou uma taça de vodka e virou-a sentindo sua garganta arder, não era acostumado com bebidas fortes porém sabia que precisava de uma, caso ficasse bêbado seria incrível pois poderia escapar do baile insuportável que estava ocorrendo, porém a vergonha que passaria também era algo que gostaria de evitar, colocou a taça sobre a mesa, pegou a garrafa de vodka e encheu o objeto que utilizará minutos atrás, novamente voltou a virar o copo sobre a boca se perdendo do mundo em que estava e ficando em seu próprio.

Desconcentrado com as coisas ao seu redor, perdido na imaginação cuja nem mesmo o humano entendia, acabou por se assustar ao sentir um par de mãos em sua cintura, de automático o menino guiou sua mão até a faca que estava ao lado direito de sua cintura escondida, porém fora impedido, sua mão foi segurada e o menino respirou fundo ao perceber a quem pertencia aquelas mãos que estavam em sua cintura.

__ Não me assuste desse jeito novamente, demônio desgraçado.

__ Não tenho culpa se meu humano está perdido em um mundo de fantasia, me diga, em que estava pensando? E porque está tomando tanta vodka sendo que não gosta de bebidas fortes? - questionou fazendo o humano virar a cara irritado, a primeira vez que tomará vodka foi quando pisou no palácio em seu primeiro dia morando ali, lembrava detalhadamente da vergonha que passará diante do demônio, após quatro copos de vodka havia ficado bêbado e então ele acabou por enlouquecer, começando a dançar e girar pela mesa do Rei que apenas ria da loucura do humano.

__ Não me lembre dessas vergonhas que eu passei nos meus primeiros meses aqui, agora é diferente, consigo digerir a vodka e não ficar tonto, porém não sei quantos copos aguento, estava pensando em testar. - falou tentando levar outra vez a taça cheia de vodka até sua boca, porém fora impedido pelo demônio que roubou a taça das mãos pequenas do humano, e então, virou a taça sentindo o liquido descer por sua garganta, diferente de Beomgyu, Yeonjun não se incomodava com a ardência que a bebida causa em sua garganta, muito pelo contrário, ele gostava dessa ardência, já Beomgyu não suportava isso.

__ Ei! Porque o pegou das minhas mãos? Eu ia tomar!

__ Vamos dançar mais uma música, humano? - o demônio com olhos azuis se ajoelhou estendendo a mão para o humano, os olhares estavam em sim novamente, esperando pela resposta de Beomgyu que suspirou e se esforçou para da seu melhor sorriso forçado, colocou sua palma sobre a mão alheia e então ambos caminharam até o centro do salão e iniciaram sua dança, encantando os demônios e fazendo inveja para alguns.

__ Não se preocupe com os olhares que está recebendo.

__ E quem disse que estou preocupado? - o humano ergueu o rosto olhando para o demônio que sorria, imaginava que o sorriso era igualmente forçado, assim como o seu, afinal, se odiavam.

__ Seus olhos, eles me mostram como você se sente.

__ Não aja como se me conhecesse bem, demônio.

__ Eu posso conhecê-lo melhor que você mesmo, humano.

__ Nem nos seus sonhos.

__ Oh Beomgyu, você realmente acha que eu sonharia com você sendo que vejo sua cara todo dia? Isso seria um desperdício de sono, e eu estaria enlouquecendo. - provocou o humano que o olhou com indignação, entretanto, sorriu de volta para o demônio.

__ Digo o mesmo demônio. - Respondeu a provocação do demônio, de longe, o príncipe os observava rindo, já imaginava o tipo de conversa que estavam tendo pois conhecia aqueles sorrisos, era inacreditável como eles brigavam por coisas insignificantes, porém era algo divertido.

O baile terminou com o nascer do sol, e com isso, o humano se encontrava bocejando em sua janela, irritado consigo e com um certo demônio que o obrigou a ficar acordado a noite toda, deitou sua cabeça sobre a janela, sentindo um vento delicioso bater contra seu rosto. O cansaço tomou conta de seu corpo, seus olhos pesaram, e em um passe de mágica, dormirá naquela posição.

Porém em um certo momento, sentiu seu corpo sendo colocado sobre a maciez do colchão de sua cama, escutará a voz de Yeonjun, porém, imaginava que era apenas um sonho realista, o calor do corpo alheio, a voz grave ecoando em seus ouvidos porém de maneira delicada e serena, os cabelos sendo afagados com delicadeza, aquilo poderia ser tudo, menos real.
Afinal, por que o demônio agiria daquela forma consigo?