Eai galera, tudo joia? Desculpa pela demora, estava trabalhando, mas agora que eu me demiti, provavelmente vou passar mais tempo por aqui.
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Terça feira, 24 de março de 2017Emma Swan
Cora ficou em minha casa até o seu celular tocar e ela falar que uma de suas filhas estava precisando dela, a acompanhei até a porta e recebi prontamente seu abraço e o seu "se cuida, qualquer coisa me liga". Era estranho receber esse tipo de carinho, eu nem sabia com definir.
Ruby chegou minutos depois que a senhora ruiva saiu, ela com sua alegria e três caixas de pizza, mas ao ver minha mão enfaixada seu sorriso morreu.
— Emma? O que acontece?
— Podemos comer primeiro? Estou com muita fome.— Sorri sem mostrar os dentes e pensando em como contaria para ela que eu tinha tido um surto por queimar toda a minha droga.
— Certo, mas primeiro vá lavar as mãos, toma cuidado.— Concordei e fui em direção a cozinha escutando ela falar ao telefone com Kill.
— 'Tá chamando o pirata?— Ela concordou e meu passou um copo de água.— Obrigada.
— Então, quer contar agora ou depois, quando Kill chegar?
— Não sei se quero esconder isso dele, vamos esperar ele chegar.— Para a minha sorte ou azar, ele chegou em três minutos.
— Oi Loba, patinha!— Deu um beijo em nossas testas e se sentou de frente para mim e ao lado de Ruby.— Então, vamos comer?
— Emma quer nos explicar algumas coisas antes.— Ruby olhou dentro de meus olhos, já sabendo do que se tratava, em seus olhos estava uma coragem que eu não sentia em nenhuma parte do meu ser.
— Ah.— Kill me olhou e sorriu me encorajando.
Respirei fundo e olhei para minha mão.
— A dois anos minha mão morreu de câncer, ela nunca foi muito presente por conta da doença mas ainda sim, perder ela foi um baque para mim. Eu vi ela morrer aos poucos, vi seu corpo perder os movimentos a cada dia e isso me dilacerava, mas permaneci forte por ela, eu era apenas uma criança quando descobrimos sobre a doença e eu ficava me perguntado o por que de tudo isso estar acontecendo com a minha mãe, ela era a mulher mais pura que o mundo poderia abrigar, ajudava pessoas carentes em todas as partes do mundo, ela era um anjo na Terra.— Senti algumas lágrimas esquentarem o meu rosto.— Quando ela morreu eu perdi o meu rumo, pensei em como deus era um grande cuzão por tirar do mundo uma pessoa que ajudava aqueles que ele tinha posto na merda. Então duas semanas depois eu fui à uma festa com uma amiga minha, uma modelo Ruby deve conhece-la, Mulan Fa ou só Mulan, no meio dessa festa acabamos nos separando e quando dei por mim já estava cheirando carreiras e mais carreiras de cocaína. Mulan me puxou de lá mas não a tempo de eu ter conseguido o número do fornecedor.
" Tudo começou a desandar ai, Mulan parou de falar comigo quando soube a situação calamitosa que eu me encontrava, eu não tomava banho, não comia e muito menos saía de casa, era só a droga e o álcool, apenas isso. As pessoas pensam que a vida de celebridade ou gente famosa é fácil, mas a minha nunca foi, passei por coisas que uma criança nunca deveria ter passado mas isso não tem nada a ver com o assunto. Meu pai apareceu no meu apartamento em Vancouver e quando me viu me internou em um clinica para dependentes eu fiquei uma semana lá, não fiquei muito tempo e me arrependo por isso, tudo começou novamente só que dessa vez eu tive a péssima ideia de substituir o álcool, que já não estava surtindo muito efeito, para a maconha. Duas semanas depois eu tive a minha primeira overdose e um choque de realidade."
Parei de falar e observei eles absorvendo tudo o que eu tinha falado. Killian tinha a boca escancarada e Ruby tentava esconder as lágrimas, eu já nem segurava.
— Você largou? — Killian perguntou com a voz embargada.
— Vai fazer um mês e vinte e dois dias que eu decidi ter essa mudança, por mim. E sabe hoje eu tomei mais um passo, queimei toda a droga que eu tinha espalhado pela casa.— Eles não me julgaram, apenas se levantaram e me abraçaram como nunca antes me falaram palavras de conforto e parceria dizendo que estariam ali para o que der e vier e eu acreditei neles, sabia que era verdade e que fariam de tudo por mim assim como faria por eles.
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Segunda feira, 31 de março de 2017
Eu estava deitada no chão do meu quarto chorando horrores, hoje faria três anos que minha mãe tinha partido, o celular jogado ao meu lado com a galeria aberta demonstrava que eu havia começado a chorar depois de ter a ideia de ter ido ver nossas fotos. Meu pai tinha ido a Vancouver visitar o túmulo da esposa falecida, ele até tinha me chamado mas ambos sabíamos que ainda ia demorar para eu voltar para Vancouver, até porque foi lá onde tudo desandou.
A campainha soou duas vezes e eu pensei que deveria ser Ruby e Kill, eles ficaram de passar aqui em casa, eles estavam fazendo isso todos os dias depois que eu tinha contado para eles sobre a minha história. Mas logo pensei que talvez fosse Cora, ela tinha me dito ontem que iria fazer uma torta de maçã e traria para mim, mas acho que ainda estava muito cedo. Peguei o celular do chão e conferi as horas, talvez fosse mesmo ela.
Desci as escadas passando a mão no rosto pensando o quão inchado estaria, minha mão estava quase cem por cento melhor, ainda doía um pouco em certos pontos mas agora tinha uma casquinha escura para proteger de prováveis pancadas. Passei pelo hall de entrada e parei diante da porta girei a chave pensando que seria interessante colocar um olho mágico na porta.
— Regina?— Ela me olhou de cima a baixo e como reflexo eu fiz o mesmo.
Vestia um conjunto de moletom surrado da universidade de Washington, nos pés uma meia com um buraco no peito do pé mas que Regina certamente não veria, meu cabelo preso em um coque mal feito.
— Oi Emma, eu ti vi pela janela do quarto e me pareceu que você não estava muito bem, vim saber o que está acontecendo...— Ela falou cautelosa, se ela estava assim eu estava cinco vezes mais, ela sempre me tratou com indiferença, sempre não mas nos dias em que nos encontramos ela impôs uma distância entre nós.
Pensei se seria prudente ela entrar na minha casa, mas logo lembrei que quem tinha provado tinha sido eu.
— Entra.— Dei espaço para que ela entrasse e depois fechei a porta, seu perfume invadiu minhas narinas e eu tinha certeza de que era um Chanel coco mademoiselle, Mulan usava aquele perfume desde de que tinha tido uma alavancada na carreira.— Aceita uma água ou algo assim?
— Não obrigada, eu só vim saber como você está, não tem mais aparecido na faculdade.
— Eu desisti do estágio.— Sua expressão mudou completamente, em seus olhos eu via com clareza a indignação.
— Sabe que abrimos o programa justamente para você, não sabe?
— Sei, sei também que meu pai custeou ele e quando souber que eu desistir da ideia será capaz de dar uma festa.
— Emma o programa custou muito dinheiro e expandimos para muitos outros jovens...
— Eles vão permanecer no programa,— Cortei quando ela começou a falar, sua preocupação era de querermos parar de patrocinar o programa.— vamos continuar investindo nos jovens da faculdade Regina, me perguntou se eu estava bem e aqui está sua resposta eu estou péssima, se era só isso que queria saber pode ir embora agora que já sabe.
— Emma para, me conta por que está assim, vamos conversar.— A campainha soou mais uma vez e uma mensagem chegou no meu celular, era Cora.
— Só um minuto, uma amiga chegou, pode esperar aqui, pelo visto esse mês só falta contar a história para a mídia.
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This City
FanfictionDinheiro, fama, bebidas, drogas, sexo... Emma teve acesso a tudo isso depois da morte de sua mãe. Quando a sensação boa da droga sai do corpo a dura realidade bate em sua porta e apartir daí você tem duas opções: 1° Encarar de frente, 2° Continuar n...