Planos

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Quando eu acordei não conseguia me lembra de muita coisa. Levantei da cama, escovei os dentes e desci. O cheiro era bom lá embaixo. Minha mãe estava preparando o almoço e meu pai estava lendo jornal. Estava tudo bem, mas me parecia faltar algo, só que eu não conseguia me lembrar o que era. Passei direto pelo meu pai e entrei na cozinha para falar com a minha mãe.

— Oi, mãe!

— Oi, querido! Sente-se melhor?

— Eu estou bem, só a minha cabeça está doendo um pouco. Por mais que eu tente, não consigo me lembrar do que fiz ontem, ou melhor, não estou conseguindo me lembrar de quase nada! Minha cabeça está muito confusa.

— Sobre isso, deve ser por causa de uma batida forte na cabeça que você sofreu ao cair da escada. O médico que te avaliou disse que isso é normal e deve melhorar em uns dias.

— Cai da escada? Não consigo lembrar disso, bom... deve ser isso mesmo!

— Se você não melhorar, eu chamo um médico! Fica tranquilo. Você já falou com seu pai?

— Ainda não. Ele estava tão concentrado lendo o jornal que passei direto e vim para cá.

— Vai lá falar com ele! Ele está bastante preocupado com você, amor!

— Está bem, mãe. Vou lá.

Fui até a sala conversa com meu pai. Ele estava bastante concentrado lendo, mas, mesmo assim falei com ele.

— Pai? - Pai?

— Hã? Desculpe filho! Eu estava tão envolvido aqui que nem vi você chamar.

— Não tem problema, pai. Percebi que você estava concentrado. Mamãe disse que eu deveria vir falar com o senhor porque o senhor estava bastante preocupado comigo.

— Sim, eu estava e ainda estou. Me conta filho... você está se sentindo bem?

— Eu estou bem, pai. Só com um pouco de dor de cabeça.

— Parece que sua doença já passou! – Ainda bem.

— Doença? Que doença? – Do que é que o senhor está falando?

— Sua mãe não te disse?

— Não ela só disse que cai da escada e bati a cabeça, por isso a dor de cabeça.

— Caiu da escada... Ah! Sim! A batida! Foi isso mesmo que aconteceu. Desculpe novamente filho... é que eu estava lendo o jornal tão concentrado, daí li aqui sobre um doença que anda se espalhando pela cidade. Tenha cuidado, filho – ele parecia meio confuso.

— Tudo bem. Vou tomar cuidado! A propósito qual é o nome dessa doença?

— Uma doença que está se espalhando. Eu não sei o nome.

— Mas, está escrito no jornal, não é? Deixa-me ler

— Não! Ainda não sabem o nome da tal doença – meu pai estava nervoso e mudou de assunto quando tentei pegar o jornal e ler a noticia da doença.

— Filho, sua mãe provavelmente já terminou o almoço, que tal irmos almoçar? – ele deu um sorriso de canto parecia falso.

— Mas, pai, deixa eu...

— Vamos lá, filho! Depois você lê isso.

— Tá bom, pai, vamos almoçar.

Por qual motivo ele não me deixou ler? Ele estava meio contraditório. Que seja! Verei o jornal depois do almoço. Nós sentamos–nos à mesa para comer e depois do almoço conversamos bastante. Perguntei à minha mãe para ver se ele sabia algo sobre aquela doença que meu pai viu no jornal.

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