Lügubre

Em treinamento

Sinto um vazio em minha alma e não importa o quanto eu me entupa de comida, nada disso funciona.
Eu gostaria de arrancar minha face e me dilacerar de dentro para fora, apenas Arthur me fez me sentir bem novamente, com ele me sinto viva sem precisar me autodestruir, Arthur tem alguns Passatempos intrigantes, ele assim como eu gosto de matar animais por diversão, contudo também mata pessoas e eu nunca fiz isso, apesar de pensar que as pessoas merecem a morte eu nunca fiz mal a ninguém, isso até conhecer Arthur.
Ele me mostrou que eu não preciso fugir dos meus instintos por mais apavorante que seja, assim como olhar nos olhos azuis de Arthur, olhar a carne morta de cadáveres me deixa feliz, como é bom ver o sangue fresco em sua face desfigurada, sua última expressão antes da morte diz muito, isso me deixa fascinada.

Gosto do cheiro podre de sua carne decomposta, os insetos que saem e entram como é interessante.
Certo dia Arthur me chamou para sair, vesti uma blusa preta, uma (calça) jeans, e fui...

— Nossa, como você está bonita

— Aonde vamos Arthur?

— Vamos nós divertir.

Ele me levou a um lugar com um corredor escuro que nos levava em direção a uma sala, já pude antes mesmo de entrar sentir o cheiro ardente e podre, quando entramos vi a cena mais agonizante que já avia visto na vida, corpos decepados por toda parte e sangue do teto ao chão, diversos aparelhos de tortura caseiros, e logo havia ao lado uma mulher viva e amarrada assim como ele havia feito comigo, ela implorava por ajuda e chorava desesperadamente, peguei em sua mão e olhando em seus olhos disse:

— Acalme-se, você morrerá logo.

Arthur pegou um machado e eu peguei outro e brutalmente começamos a golpeá-la por todo seu corpo, saia tanto sangue e dávamos altas gargalhadas, pude imaginar o quanto sua dor era profunda pelos seus gritos agonizantes, até que ela demorou para morrer totalmente, minhas mãos estavam ensanguentadas e comecei a lamber meus dedos e minhas mãos, o sangue dela tinha um sabor doce, senti um grande desejo em comer sua carne.

Então Arthur preparou um prato delicioso com a carne de nossa vítima, ele disse nunca ter feito isso, mas sinceramente eu duvido, começamos a comer, minha parte favorita é sem dúvidas a palma das mãos, tem um sabor forte é quase como churrasco entretanto muito mais saboroso, a garota tinha uma pele pálida, mas sua carne ficou dourada e crocante, eu nunca comi tanto em minha vida, e já estava ansiosa para mais ceias como essa, Arthur também comeu, mas não gostou do sabor, apenas bebeu o sangue com cubos de gelo porque achou "refrescante".
Foi uma aventura e tanto, e o melhor de tudo era estar com ele.

— É tão bom como a carne humana fica saborosa acompanhada de tomates frescos

— Eu discordo, mas pelo menos foi divertido.

Damos nossas mãos, cobertas de sangue.
E então fomos para minha casa, tomamos um banho quente, estava tardiamente da noite, mas estávamos sem sono e entediados, e Arthur teve uma grande ideia, decidimos navegar pela dark web, afinal lá tem tudo que nos interessa.
Ficamos algumas horas assistindo vídeos gore de torturas com crianças e até bebês, até que vimos um enunciado que dizia:
"Oferecemos serviços a assassinos de aluguel"
No mesmo instante Arthur olha para mim, sorrindo e o olho de volta também sorrindo...

— Você topa fazer isso comigo?

Eu sem pensar duas vezes respondi entusiasmada:

— Mas é claro que sim!

Damos nossos nomes ao procurador do enunciado e aguardamos respostas, se passou dias, dias e nada de entrar em contato, até que em uma noite o telefone toca, eu estava na casa de Arthur me levantei da cama e fui até lá atender

— Alô, quem fala?

— "Olá, eu geralmente diria meu nome para me apresentar, mas nesse caso não será necessário, sou o caro que estava a procura de um assassino de aluguel, vi que você e seu namorado se interessaram."

— Sim

— Vocês têm quanto tempo de experiência?

Fiquei alguns segundos em silêncio, não sabia oque responder, Arthur faz isso há muito tempo, mas eu não, mas precisava mentir para não estragar nossa oportunidade.

— Fazemos isso a bastante tempo

— Ótimo, vou te mandar alguns dados da pessoa para vocês realizarem o serviço, e não se preocupem com o pagamento, serão pagos assim que estiver tudo certo, e o valor é o mesmo do enunciado 5 milhões.

— Nossa tudo isso! E quantas pessoas teremos que matar?

— ....

E o telefone desliga

No dia seguinte recebi em meu celular todos os dados da vítima, até os mais pessoais, precisamos estar bem informados para realizar um serviço tão "cauteloso".
Arthur me perguntou:

— Quantas pessoas teremos que matar?

— Ele não falou

Então pego, celular e mando uma mensagem perguntando

— E quantos?

— "Arthur você não vai acreditar, teremos que matar 9 pessoas!"

— Cara, sério? Mal temos aonde enterrar tantos corpos, teremos que cortar em pedaços para facilitar, mas não podemos desistir precisamos do dinheiro, para darmos o fora desta cidade miserável.

Um dia antes do nosso "serviço" fomos a uma floresta para treinar e planejar estratégias de ataque, passamos o dia todo treinando, Arthur me ensinou a atirar de espingarda e trinta e oito e até como manusear facas.

Até que foi divertido, eramos pessoas de coragem, que não temem as leis e fazem sua própria justiça, o caro do site disse que as pessoas que iríamos matar todas tinham grandes fichas criminais na polícia e eram abusadores, traficantes de todos os tipo e pessoas más, de cara eu não acreditei, mas ele me mandou todas as fichas com as provas de todos os crimes, foi aí que ficamos mais determinados em matar toda aquela escória da sociedade.
Estávamos fazendo um favor ao mundo e o mínimo que deveriam fazer é nós dizer "obrigado".

Eu e Arthur estávamos focados nisso, não iríamos deixar nenhum escapar, compramos umas armas legais, facas, e objetos de luta, mal sabíamos no que estávamos nos metendo... Mas estávamos determinados, eu estava fazendo aquilo pelo Arthur, percebi o quanto isso era importante para ele e resolvi apoia-lo.