III.

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Pela manhã, Vincentt se encontrava sentando de pernas cruzadas em frente a porta de seu quarto, estava ansioso...

O que está fazendo? — perguntou Dante chamando a atenção do loiro.

Eu...estou esperando. — respondeu.

Vista-se. — ordenou Dante que fez Vincentt imediatamente obedecer.

Estou pronto, Mestre! — dizia contendo seu sorriso

Certo. — respondeu Dante. — se quer tanto sair do quarto...

Vincentt olhava cada movimento de seu mestre...assistia Dante colocar a mão em seu bolso, pegando a chave e colocando-a na porta em seguida.

A porta se abriu.

Depois de todo esse tempo, ela finalmente se abriu.

Vincentt foi até a porta, onde ficou paralisado por alguns segundos, abrindo um sorriso em seu rosto angelical.

Irá ficar parado ou irá sair? — perguntou Dante impacientemente.

Oh, sinto muito, mestre! — desculpou-se saindo timidamente do cômodo.

Vincentt estava descalço apenas com seu vestido, colocando os pés timidamente do lado de fora do cômodo.

Uma nova alma chegou ao céu.

É tão bonito. — comentou Vincentt maravilhado fazendo Dante soltar uma risada curta.

Mas, ainda estamos dentro de casa. — disse Dante.

Oh. — disse sem graça. — Podemos ir para...o lado de fora?

Dante o olhou silenciosamente por alguns segundos.

Mestre...? — chamou Vincentt fazendo Dante sair de seu transe.

Sim, venha. — ordenou.

Vincentt foi para o lado de Dante, estrelaçando vossas mãos.

Estou feliz, eu amo você, meu mestre! Eu amo este lugar...— dizia Vincentt alegre.

Dante largou sua mão, fazendo o loiro olhar para o mesmo.

— Oh, Mestre?

Não deves me amar. — disse Dante, como uma ameaça...um aviso.

M-mas...por quê não? — perguntou Vincentt inseguro.

Criaturas como eu e você, não foram feitas para serem amadas. — respondeu seco. — agora vamos. — disse voltando a caminhar, mas desta vez, sem a companhia de Vincentt ao seu lado.

O loiro caminhava cabisbaixo por trás de Dante.

Não estava feliz como a alguns minutos atrás, era como se Dante sugasse sua felicidade com apenas algumas palavras.

Deseja ir a biblioteca ou ao jardim? — perguntou Dante chamando a atenção de Vincentt.

Vincentt suspirou sem ânimo —  Ao jardim.













                                         ✿













Pelo resto da tarde, Dante observava Vincentt conversar com as rosas, elogiar as margaridas, rir das próprias piadas as quais contavas aos girassóis e contar histórias as orquídeas.


"O anjo corria pelo canteiro de girassóis mágicos, pedindo aos mesmos para que seu desejo fosse realizado..."

Vincentt, está entardecendo, vamos voltar para casa. — ordenou Dante.

Sim, mestre! — concordou Vincentt se agarrando aos braços de Dante.

Mesmo que as palavras de Dante o machucassem, o subconsciente de Vincentt as esquecia, como uma forma de defesa...pois não queria lembrar da dor, a mesma dor que sentia pela sua mãe e seu pai...

Ao chegar novamente em seu quarto, Dante encontrava-se com a figura entorpecida de Vincentt em seus braços, que se enfraqueceu no caminho...

Sei que me amas, Vincentt. — dizia acariciando os cabelos de seu anjo. — o amor dói, não quero me apaixonar e machucar você...não fui feito para amar. — sussurava enquanto deitava-se ao lado de Vincentt.



Cruel EternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora