Cruel Eternidade

IX.

— Onde iremos ficar, mestre?

Ficaremos na casa de um conhecido meu. — respondeu. — Não se preocupe, ele irá lhe recepcionar bem, aliás, ele é mais parecido como nós do que você imagina. — comentou sussurando.

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— Como ele se chama, Alistar?

Responda suas perguntas. — ordenou sussurando enquanto apertava seu braço levemente com tua mão.

Ele hesitou envergonhado.

Vincentt...— respondeu olhando para o chão evitando contato visual pela vergonha.

Onde se conheceram? — perguntou Dimitri.

— Eu o salvei e então o mordi.

Seu período de transformação deve ter sido extremamente difícil. — observou o ruivo.

Dante limpou a garganta. — Dimitri...o arcanjo. — sussurou.

Não! Cacete! — disse incrédulo. — Vincentt! — gritou. — É você! Você é Vincentt!

O-oquê...? — perguntou.

— Seja mais discreto e menos escandaloso, homem.

Dante me falou tanto sobre você. — comentou.

Dimitri. — repreendeu o amigo.

Sinto muito, perdão, perdão. — riu. — Lembro me de que Dante comentou sobre ter matado um coelho.

Vincentt olhou para seu mestre envergonhado e desconfortável.

E você também matou o seu irmão, não é mesmo? — questinou rebatendo.

— Alguns assuntos nós não falamos sobre, Dante.

Digo o mesmo para você. — retrucou.
— Ainda está sendo um tanto difícil para ele. Mas, já conseguiu morder seu primeiro ser humano antes de ontem.

Dimitri o parabenizou batendo palmas.

Ficaremos por três noites contando com esta se não for incomodo. — informou Dante.

Não, está ótimo! Nunca será um incomodo recebê-los em minha residência. — comentou sorrindo.

— Aliás, chegamos bem tarde pelo visto.

Irei levá-los até o vosso quarto. — avisou.

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Vincentt se jogou na cama suspirando e rindo.

Dimitri fez a mesma coisa, começando a pular freneticamente em seguida.

Vamos! — chamou Vincentt que timidamente começou a seguir o ritmo do ruivo enquanto Dante os observara.

Parecem até com duas crianças. — comentou.

Uma criança? Eu tenho quatrocentos e noventa e sete anos! Quantos anos você tem Vincentt? — perguntou Dimitri dando um pulo final e finalmente se sentando na cama de seus hóspedes.

Sim, é verdade, nunca me proferiu sua idade. — pronunciou Dante.

Eu...eu não sei minha idade...— confessou.

Ah, sinto muito. — absolveu o ruivo. — Eu... é...querem algo para beberem? Irei providenciar algo para beberem, venham.

Subiram as escadas em direção ao sótão, onde se encontrava um jovem rapaz, ruivo comigo o anfitrião.