Capítulo XLV

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Sakura andava distraída pelo corredor enquanto voltava para o quarto de Madara para ver se o mesmo já havia acordado. Havia um pouco mais de uma hora que saiu do quarto para dar algumas ordens no palácio, e agora estava voltando para ver como o marido estava.

Todavia, ao chegar no quarto, Sakura não encontrou Madara. A cama estava vazia e a coroa não estava mais no lugar de sempre, o que deixou Sakura surpresa. A quanto tempo ele havia saído do quarto?

*********

Madara se aproximava da sala de pedras que se localizava em uma parte escondida e quase inabitável do palácio. Aquele lugar não era visitado por ele a quase quinze anos e o rei Uchiha se surpreendia com a boa conservação do corredor.

Ao chegar a frente da sala de pedras, Madara cumprimentou a jovem sacerdotisa Nanami, que sorriu ao lhe ver. A garota estava parada a frente da porta e segurava uma taça de ouro, coberta por sua outra mão.

- Como está, Nanami? - Madara perguntou para a jovem de cabelos loiros e olhos pretos - Não a vejo desde que era um bebê.

Nanami sorriu com afeto, Madara significava muito mais que um rei para ela.

- Estou bem, senhor. - o reverenciou - Obrigada por tudo. - disse olhando para os pés e lembrando de sua mãe - E saiba que eu o amo como um parente muito querido.

Madara tocou na cabeça da garota e sorriu, estava de bom humor e ver Nanami novamente era um prazer.

- Você fez o que te pedi?

A jovem assentiu e o entregou a taça.

- Beba e entre na sala. Eles já estão a sua espera.

Madara olhou para a taça cheia de sangue e depois para o braço ensanguentado de Nanami.

- Depois a recompensarei por isso. Peço que me encontre na sala do trono a tarde para conversarmos melhor.

Nanami assentiu com gratidão e então desfez o sorriso, prestes a começar o seu dever.

- Acsa matunine moutun. - a jovem começou a dizer com a voz grave depois de algum tempo que levou para se concentrar, como se fosse uma prece e em uma língua antiga. Madara ficou com os olhos vermelhos enquanto via a mesma se ajoelhar no chão e mostrar o braço ferido para ele - Muvice tucnei maldionu Grannus! Muvice at Grannus!

Quando a menina começou a fazer desenhos no chão com o sangue que escorria de seu braço. Madara bebeu todo o sangue da taça, mantendo todo o seu autocontrole sobre sua natureza demoníaca - que a muitos anos não era usada - para não partir para cima da menina e arrancar seu braço esquerdo.

A energia ao redor de Madara ficou muito pesada e sua expressão ainda mais dura que o habitual.

Movido a um ódio infernal e mal contido, Madara incendiou a taça que estava em sua mão, fazendo o ouro derreter e respingar no chão. Quando Nanami levantou a cabeça, Madara estava com uma expressão terrível.

- Abra as portas. - o homem ordenou após jogar a taça com uma parte derretida no chão e Nanami o obedeceu prontamente.

Quando Madara entrou na sala que estava com um calor quase insuportável e consumida por um fogo preto, se deparou com dois demônios de rostos distorcidos e brancos, que estavam sentados em um canto e riam de forma perversa.

- Olha só quem resolveu nos encontrar novamente! O grande e terrível Grannus! O demônio humano mais arrogante da terra! - uma dos seres abomináveis disse.

Madara fez uma expressão de indiferença, o que eles não pareceram gostar.

- Devia guardar essa sua arrogância para os humanos sujos que lhe servem, Grannus. Esqueceu-se de que somos nós que mantemos essa sua juventude e essa pose de reizinho másculo? - o outro demônio debochou.

O rei imortal Onde histórias criam vida. Descubra agora