Capítulo 1

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"As pessoas dizem que você não vive sem amor. Eu acho oxigênio mais importante"
-Dr. House

Lenny Soctt

Era para ser um dia comum na minha vida. Estava em um dos vinhedos da empresa, analisando as uvas. Alguns acham desnecessário, mas eu sempre gosto de fazer tudo pessoalmente.

- Você vai querer ajuda hoje, senhor? - meu motorista se aproximou, me assustando.

- Não, Alejandro...

- Tem certeza? - ele perguntou.

- Tenho. Já está tudo programado, mas fique alerta, talvez eu precise de você hoje.

- Sim, senhor. Vou avisar ao piloto que vamos voltar para Nova York, pode ser? - ele perguntou.

- Sim, eu quero ver a Molly antes dela dormir hoje. Todos os dias eu tenho um imprevisto, mal a vejo ultimamente - falei para ele, que sorriu.

- Mas antes, senhor, você tem uma reunião com o departamento de exportação.

- Sim, então eu vou só me trocar. Está na hora de ser o CEO - falei, indo na direção oposta dele, para ir até o casebre.

Após me trocar e vestir um terno vinho, porque gosto de ousar, após estar completamente alinhado, fui para o meu jatinho. Não estou muito longe de Nova York, então estou tranquilo em relação ao horário. Assim que pousamos, o helicóptero me esperava. Afinal, se eu fosse enfrentar o trânsito da cidade neste horário, não chegaria tão cedo.

- Senhor Scott, como foi a viagem? - o piloto do helicóptero perguntou.

- O de sempre. Ainda estou vivo, mas nada de papo furado, Juan. Eu tenho uma reunião logo mais, não posso me atrasar de jeito nenhum.

- Sim, senhor. O senhor que manda.

- Vamos, Alejandro. Vou precisar de você mais tarde - falei, e nós três entramos no helicóptero.

Indo para o coração de Nova York, vendo aqui de cima, parece um grande formigueiro, aquele caos de carros. Assim que saímos do helicóptero, em cima do grande prédio da Passion Wine, eu amo este universo. Mas sei que muitos acreditam que eu só estou no meu cargo por ser o herdeiro. Afinal, meu pai me nomeou chefe da filial de Nova York quando me formei. E aqui estou, seis anos depois, como CEO da empresa. Mas mesmo que depois que eu assumi a empresa tenha alcançado novos patamares e tenha tido quase um aumento de 100% dos lucros, não consigo deixar o meu pai orgulhoso. E muito menos deixar de receber ordens dele.

- Senhor Sangrend, seu pai já ligou cinco vezes. Ele deixou recado pedindo para o senhor estar sem falta na casa dele hoje às 20h. Ele não vai aceitar desculpas - Mary, minha secretária, falou um pouco trêmula. Ela morre de medo do meu pai.

- Certo, Mary. Já está tudo certo para a reunião? - perguntei, ignorando um pouco a notícia.

Já sei o que o meu pai quer, e sei muito bem que eu tenho que ir. Porém, não quero de jeito nenhum ter a mesma conversa com ele. Afinal, já tem uns meses que ele está me incomodando com uma história de que já passou da hora de me casar. Mas não quero me casar só para manter a honra da família. E para ele, eu já passei da idade de viver uma paixão. Até parece que tem um limite de idade para se apaixonar.

Um CEO na minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora