Capítulo 45

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"Nesse filme eu não quero ser teu amigo
eu quero te abraçar, te amar
e ter você aqui comigo."

Vancley Lima

Beatriz Ramos

O médico liberou a entrada e a Charlotte pediu para ir primeiro, logo foram todos exceto o Lutero e eu, estava evitando ao máximo olha para aquele desgraçado eu não conseguiria me controlar, e agora a única coisa que me importa é a saúde do Lenny, ele olhou para mim seu olhar de tristeza se mistura com o ódio, ele se aproximou de mim, tentei me afastar.

Mas assim que dei um passo ele segurou o meu braço com força.

- Se queria se vingar conseguiu, afinal meu filho está aqui por sua causa - ele falou ríspido, a Charlotte se aproximou de nós.

- Acho bom você me solta - falei ríspida puxando o meu braço, mas ele segurou o outro.

- Você não é mais nada dele acho melhor você sumir da vida do meu filho.

- Se eu não fizer isso você vai me matar? - perguntei com ironia. - E eu vou ver o meu noivo, você querendo o não.

- Você...

- Lutero solta a menina, você já falou demais, não acha , afinal de contas o único culpado aqui é você - ela falou puxando ele.

- E fique bem ciente se eu fosse me vingar, a última pessoa do mundo  que eu queria ver sofrendo era o homem que amo, que por azar  do destino é filho de um monstro assassino, você não faz a menor ideia do que estou sentindo neste momento, e não vou ficar procurando culpados, eu só quero que ele fique bem - falei olhando para eles, eu me sentia quebrada, mas aquele homem não iria me culpar.

A dona Victoria voltou e ele foi ver o filho, ele não passou muito tempo e saiu correndo,  meu corpo estava trêmulo, demorei mais que o normal para chegar até a porta, odeio hospitais por este clima de linha bamba, minha mão tocou na maçaneta gelada, meu corpo se arrepiou todo, abrir a porta devagar lágrimas escorriam no meu rosto, assim que abrir a porta o vi deitado naquela cama, respirando por aqueles aparelhos, era tantos sons que minha cabeça vacilou, me aproximei lentamente e toquei no seu rosto com cuidado ele estava com a cabeça enfaixada, meu olhar percorreu seu corpo seus braços estavam com gesso e na sua  bochecha tinha um pequeno corte, seu rosto estava inchado, passei a mão com cuidado no seu rosto.

- Meu amor, me perdoa, eu te amo Lenny, eu te amo, por favor fica comigo - falei beijando sua testa.

As lágrimas caiam sem para, isso era minha culpa se eu não tivesse o deixado nada disso teria acontecido.

- Você é forte meu amor você tem que lutar, sabe você me falou uma vez que quando você era criança tinha medo de dormir para sempre, por favor meu amor lute para acordar - falei me sentando ao seu lado, lágrimas escorriam no meu rosto enquanto segurava sua mão.

Não sei quantas horas tinham passado a enfermeira veio aqui duas vezes trocar o soro e ver como ele estava, só soltava sua mão neste momento, a porta do quarto se abriu e o Daniel pediu para entrar e fiz que sim com a cabeça.

- Como ele está? - ele me perguntou se aproximando dele.

- Do mesmo jeito - falei me ajeitando na cadeira.

- E você já comeu Bia? - ele perguntou e fiz que não com a cabeça. - Beatriz você tem que comer... - ele falou com um olhar preocupado.

- Eu não consigo Dan, não desce nada - falei cansada eu não tinha mais lágrimas, meu semblante era de cansaço - Isso é tudo culpa minha se ele não fosse me procurar nada disso estaria acontecendo.

- Bia, você não tem culpa de nada vem - ele falou me abraçando apertado. - Sei que está difícil, mas ele é forte e você precisa se alimentar, quando foi que você se alimentou pela última vez - ele perguntou todo preocupado.

- Ontem, mas eu não consigo Daniel, ver o Lenny assim e saber que ele pode nunca acorda, a última coisa que quero é comer - falei olhando para o Lenny que continuava da mesma maneira .

- Bia, você tem que ser forte não só pelo Lenny, mas também pelos seus filhos, lembra deles a Molly e o Matteo eles precisam de você, por favor tome a sopa que vou mandar para você - ele me entregou um porta retrato, com o nome família e uma foto nossa com as crianças estávamos tão felizes neste dia - Faça isso pela sua família - ele falou depositando um beijo na minha cabeça e saiu.

Não demorou muito para me trazerem um pouco de sopa, lutei muito para conseguir comer, mas sempre olhava para os meus filhos, eles precisam de mim também consegui comer metade do prato de sopa, mas logo coloquei para fora.

- Já comeu? - o Daniel perguntou e logo viu minha cara pálida. - O que foi?

- Eu comi, mas coloquei para fora - falei me sentando.

- Eu vou passar um soro para você. - ele falou saindo e abracei a foto dos meus amores.

O Daniel estava certo eu preciso ser forte por eles, não é hora para ter pena, nem posso pensar em vingança agora eu preciso pensar em proteger os meus filhos.

Já tem semanas que minha vida se resume a este quarto de hospital, falo todos os dias com a Molly pelo telefone e com o Matteo também, já tem dias que não sei o que é uma cama, e o Lenny está do mesmo jeito, bom agora as suas cicatrizes mais leves já sumira, e alguns dos seus machucados também, estava olhando para o Lenny enquanto segurava sua mão, escuto alguém batendo na porta, e logo o Daniel entrou com dois furações loiros.

- Mamãe - os dois falaram vindo me abraçar , abracei cada um deles e coloquei os dois no meu colo

- Eu estava com tanta saudade - falei voltando a abraça-los - Obrigada Daniel - falei com um sorriso e ele sorriu de volta.

- Mamãe o paizinho vai acorda? - a Molly perguntou

- Nós temos que ter fé que sim ele vai acorda - falei passando a mão nos seu cabelos

- Ele está com estes fios todos para respirar? - o Matteo perguntou

- Sim meu amor, isso tudo é para ele respirar bem

- Mamãe o papai vai morrer? Não minta para mim - o Matteo perguntou e vejo o Daniel saindo do quarto, coloquei os dois sentados na minha poltrona e me abaixei para olhar nos olhinhos deles.

- Me escuta, o papai só está dormindo, ele está muito cansado lembra que muitas vezes ele não dormia direito quando você passava mal - o Matteo fez que sim com a cabeça -Pós bem agora ele  precisa descansar, para poder volta para gente, ele não vai morrer, ele tem que ver vocês crescendo - falei segurando uma mão de cada um e beijando ao mesmo tempo.

- Paizinho acorda logo - a Molly falou pegando na mão dele . - Eu tô com saudades - ela falou tocando na sua mão.

- Eu também estou papai - o Matteo falou segurando a mão dele.

- Ouviu meu amor, nossos filhos estão com saudade e eu também, lute amo, lute para voltar para nossa família - falei no seu ouvido depositando um beijinho na sua bochecha .

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Continua...

Um CEO na minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora