Capítulo 6

139 14 7
                                    

Tiago

A cara  da Carolina ao me ver sentado no meio da sala de sua casa era impagável e eu não conseguia  evitar de sorrir com essa cena.  Ela claramente estava  fugindo de mim, mas eu conseguia entender a sua reação. O que havia acontecido ontem  entre nós ainda parecia surreal. Se eu tivesse ainda um pouco de juízo eu também fugiria assim como fiz quando percebi  para onde os pensamentos estavam indo em relação a ela. Mas agora que eu havia experimentado, a palavra fugir já  não fazia mais parte do meu vocabulário.

Ontem, enquanto a levava para casa, pensei que essa loucura de sentimentos passaria depois do que havia acontecido, mas me enganei. Bastou o carro se aproximar da casa dela para que eu me desse conta do quanto eu ainda a queria. E por esse motivo eu resolvi fazer uma visita surpresa a eles.

Pedro e Juliana ficaram extremamente felizes pela a minha visita, e eu fiquei extremamente frustrado quando percebi que o motivo da minha visita não estava em casa.  Mas Graças ao bom Deus essa frustração só durou até a Juliana falar que elas haviam ido para a academia e que em breve estariam em casa.

Eles ficaram tão felizes com a minha visita que resolveram fazer um churrasco. Por um momento me senti mal, eles ali me agradando enquanto eu só pensava na filha deles. Teve um momento em que Pedro resolveu sair para comprar mais carvão, e eu fiquei ali com Juliana ajudando no preparo dos acompanhamentos. Estava focado no preparo do molho à campanha  quando Juliana resolveu  tocar em um assunto que eu havia esquecido.

– Ti, quando voltei  de Portugal você disse que queria muito conversar comigo.  Já voltei há semanas e ainda não conversamos porque você anda muito ocupado ultimamente.  O que você queria falar? - pergunta

– Não era nada importante. - Digo e na mesma hora ela para o que está fazendo  e me encara.

– Se não fosse importante você não ficaria ansioso para conversar. Anda, diz logo o que você queria falar. –  Pede daquele jeitinho que eu não conseguia negar nada.

Contei para ela sobre como eu estava insatisfeita com a minha vida pessoal,  e que tinha chego a conclusão de que estava na hora  de  encontrar alguém com quem eu pudesse compartilhar a minha vida.

Ela me olhou chocada por tempo, mas depois  sorriu.

– Então é por isso que você levou a Karem no seu aniversário?  Você acha que ela pode ser a  mulher com quem poderá compartilhar a sua vida?

– Quê? Claro que não! Eu  já te disse que ela é só uma amiga. – Me apresso a dizer.

– Então você está procurando ou já tem alguém a vista?

Penso por momento em sua pergunta. Eu no momento não procurava ninguém, agora sobre ter alguém a vista, como eu poderia  enxergar mais alguém quando há semanas eu só tinha olhos para a Carolina, justamente a pessoa que era como uma filha para ela?

– Nenhum e nem outro. - Respondo.

– Mentiroso! Você demorou muito para responder a minha pergunta.

– Nada escapa de seus olhos, hein?

– Eu te conheço muito bem.  Agora diz quem é a mulher?

– Não é ninguém que você conhece, mas ainda estou conhecendo ela. - Minto

– Me mostre fotos delas. - pede.

–  Não! Ainda estamos nos conhecendo
Se tiver que ser você a conhecerá.

– Você já foi mais meu amigo.

– Dramática! - Exclamei, e em seguida mudei completamente o assunto da conversa para fugir de seus interrogatório.

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora