Inevitável

Capítulo 4

Tiago

A beijo como se toda a minha vida dependesse daquilo. Peço passagem com a língua e para a minha felicidade ela cede. Aprofundo ainda mais o nosso o beijo, e na mesma hora a sua mão, que estava apoiada no meu peito, envolve o meu pescoço colando ainda mais os nossos corpos.

Aperto sua bunda e a trago mais direção ao meu quadril para que sinta o quanto me deixava louco. Um gemido de prazer saí de seus lábios e me perco de vez.

A empurro contra a porta da sala e começo distribuir beijos e mordidas por seu pescoço e colo. Levanto a sua perna esquerda e começo a esfregar o meu pau furiosamente contra o seu quadril em busca de um alívio para a minha paixão, mas infelizmente tudo é bom dura pouco, pois Carolina me empurra para longe assim que o som do interfone soa pelo apartamento.

A encaro por um momento e percebo o quanto ela está aturdida com que acabou de acontecer entre nós. Respiro fundo para recuperar o controle que eu havia perdido, e vou em direção a interfone.

Autorizo a subida do entregador e volto meu olhar para Carolina que evita a todo o custo manter o contato visual comigo. Começo a olhar para cada detalhe dela. O coque totalmente bagunçado, os lábios vermelhos e inchados pelos beijos e o pescoço com algumas marcas vermelhas. Ela estava com cara de quem havia acabado de transar e nós nem chegamos a ir para os finalmente.

Minha vontade era puxar ela de volta para o meu braço e terminar o que havíamos começados, mas eu sabia que depois dessa interrupção isso dificilmente aconteceria. A campainha toca e vou atender. Pego o nosso almoço e coloco em cima da mesa de jantar.

- Eu pedi salada com burrata e nhoque de aipim com ossobuco para nós. Espero que você goste. - Digo e ela concorda com a cabeça finalmente me encarando.

Pego os pratos e talheres no armário e começo a arrumar a mesa. O silêncio é desconfortável e isso me deixa acuado. Sirvo a nós dois e começo a comer, mas Carolina não o faz.

- Você não gosta do que eu pedi - Pergunto, mas ela simplesmente me olha e diz.

- Tiago, isso não devia ter acontecido.

- Vamos conversar sobre isso depois do almoço, está bem? - falo e ela concorda.

O silêncio era enorme, mas minha mente estava um caos. Devia pedir desculpa a ela e dizer que estava arrependido, mas isso seriam apenas mentiras. Minha única vontade era levar ela para minha cama para terminarmos o que começamos.

Todos os pensamentos coerentes que eu tinha em relação a ela caíram por terra. Bastou uma oportunidade para que fizesse tudo ao contrário do que eu havia planejado. O Desejo havia me vencido e eu não lamentava por isso. Tem coisas na vida que não adianta fugir porque uma hora ou outra ela volta a aparecer em sua frente.

Depois do que aconteceu hoje eu não queria mais fugir dela, o problema era convencer Carolina que parecia decidida a se manter afastada de mim.

Ela me ajuda a recolher a louça e a colocar na lavadora assim que terminamos de almoçar. Ela encosta na ilha da cozinha e fica me observando enquanto eu coloco a comida que sobrou na geladeira. Fiz tudo o mais lento possível porque tinha certeza de que a conversar que teríamos não me agradaria.

Infelizmente não consigo protelar mais a nossa conversa e caminho em sua direção.

- Pronto, agora podemos conversar. - falo parando em sua frente.

- Eu...- Ela começa a falar, mas não termina porque no segundo seguinte sinto sua mão embrenhar por meu cabelo e me puxar de encontro a seus lábios.

Sua ação me pega de surpresa, mas me dá um novo ânimo, pois ali era a certeza de que ela, de alguma forma, também estava afetada por mim.

Se antes estava retraída, agora ela estava desinibida. Suas mãos são ágeis em desabotoar a minha camisa, que quando percebo já está chão. Faço o mesmo com ela, tirando a sua blusa pela cabeça e sendo presenteado com seios fartos coberto por um sutiã preto de renda.