Capítulo 3

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Tiago

O final de semana após a reunião na casa do Pedro foi mais agitado do que eu esperava. No sábado de manhã recebi a ligação de um cliente informando que a genitora não queria entregar o filho para passar o final de semana com ele, descumprindo o que foi determinado judicialmente. Passei todas as informações para a nossa advogada de família para que ela tomasse a frente. Já na parte da tarde outro cliente ligou porque havia sido preso, e passei para o nosso advogado criminalista. A minha área  de atuação direta era  direito empresarial.

Para completar o final de semana agitado, no domingo um amigo do surfe me ligou informando que o pai precisava fazer uma cirurgia de urgência e o plano de saúde estava se negando a cobrir. Dessa vez eu tive que tomar a frente, pois a advogada que cuidava dessas ações precisou viajar para resolver alguns problemas familiares. No fim do dia eu acabei agradecendo a distração, pois só com muito trabalho  não pensar em quem não devia.

Na segunda-feira, diferente do final de semana, as coisas estavam tranquilas no escritório. Estava analisando alguns contratos, quando meu telefone tocou e Patrícia me avisou que Juliana e Carolina estavam aqui para me visitar. Na mesma hora meu corpo enrijeceu, pois a minha intenção era me manter distante da Carolina pelo menos por mais duas semanas, ou até que meus pensamentos em relação a ela mudassem.

Para o meu desespero não tinha como eu me recusar de recebê-las. Ajeitei minha postura e vesti a minha máscara de serenidade, coisas que aprendi ao longo na minha profissão. Quando elas entraram  na sala meu olhar foi  direto para Carolina e um arrepio atravessou meu corpo na mesma hora. Eu estava muito ferrado.

Cumprimentei ela da forma mais rápida possível, e fiz algumas brincadeiras para tentar disfarçar o nervosismo que a presença dela me causava.  Não consegui tirar meus olhos dela enquanto ela falava. A forma com que ela jogava o cabelo loiro para o lado deixando à mostra o pescoço e a orelha era muito sensual para mim.Sinto o meu pau se esticar dentro da cueca tamanha a minha excitação, então remexo na cadeira desconfortável pelo desejo repentino.

Nesse momento seus olhos verdes estão fixos no meu e por um momento tenho medo de que ela tenha percebido a luta interna que eu travava, mas algum tempo percebo que nada havia sido notado por ela.

Na hora do almoço não foi diferente, vê-la levar a carne a boca e saborear com tanto prazer me deixou a beira do colapso, e em um momento de desespero precisei apertar o meu pau por cima da calça em busca de um alívio para aquela paixão ensandecida.

Ela estava muito calada e nos contou  que estava com dor  nas pernas. Nas mesma hora me senti um miserável, pois enquanto ela sofria eu a imaginava em várias cenas eróticas comigo. Na mesma hora o bom senso volta e consigo me acalmar.

Volto para o escritório após me despedir delas, mas não consigo me concentrar em mais nada. Como as coisas estavam tranquilas resolvo ir embora, mas no meio do caminho ligo para Karem, uma amiga com quem eu transava ocasionalmente. Precisava urgentemente encontrar um alívio para essa paixão toda. Após ela aceitar, passo em seu  apartamento e seguimos para o motel.

Infelizmente transar com karem não resolveu o meu problema, pois aquela paixão louca  ainda continuava por lá. Quando chego em casa vou direto para banho e não consigo resistir ao impulso de me masturbar pensando na Carolina.  Sim,  eu tinha regredido na idade.

Se fosse anos atrás, eu não pensaria duas vezes em levar Carolina para minha cama, mas agora eu não era mais nenhum jovem imaturo e sabia que qualquer ação minha poderia trazer um novo drama familiar e eu não estava disposto a passar por isso.

Minha meta era  me manter afastado de Carolina e torcia para que ela não voltasse a me visitar no escritório. O meu novo mantra era:  "O que os olhos não vêem o corpo não sente."

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