The Hills [kth + jjk]

Chapter Four | Próxima corrida.

Namjoon apontou com a mão segurando um envelope para a cadeira a sua frente enquanto se sentava na sua poltrona atrás da mesa, Jungkook se recusou a sentar e continuar a cinco metros de distância do mais velho, sem medo ou algo relacionado, apenas não preferia. O marido de Namjoon estava ao seu lado, em pé, com suas mãos pousadas no ombro direito do companheiro. É assim que eles se comunicam na frente de outras pessoas, é quase impossível adivinhar o que aqueles olhares direcionados um ao outro significam. Virou piada na casa, quando alguém mente, dizem "Foi Melahel que te disse isso?" e pra ser sincero, até ele ria com ela.

─ Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pela sua última corrida, Jeon, sua curva arriscada poderia ter matado sua amiga, mas você nunca deixa a desejar. ─ Namjoon começou.

─ Fodas fazem assim. ─ Jungkook sorriu, seu ego inflado ao receber um elogio de alguém como Nael.

─ É, realmente. Só os fodas pra precisarem voltar pro Japão pra não fazer uma merda dessas. ─ Ele disse, jogando o envelope para o espanhol, que aparou antes de cair no chão. ─ Uma hora eu ia ter que descobrir que você fez um favor a Jennie Kim em troca dela não revelar seu segredo. P.C foi te buscar porque Taehyun desenhou isto. ─ Apontou para o envelope que ainda não tinha sido aberto por quem segurava. ─ Não tenha medo, Lucius, a primeira aconteceu, às outras não irão acontecer já que está aqui.

Apreensivo, ele abriu o documento e de lá tirou as três folhas contidas. Na primeira havia desenhado em preto e branco dois homens sentados em bancos altos, de um lado, Jungkook segurando algo semelhante a um volante, somente seus olhos vermelhos eram destacados e ao seu lado, o rapaz de cabelos encaracolados lhe olhava com olhos brilhantes, perdidos. Era Taehyung.

No segundo desenho, um prédio com uma moto estacionada na frente.

O prédio que Taehyung mora junto com a moto do vampiro.

No terceiro desenho ─ este já pintado em aquarela ─, bolinhas pequenas estavam espalhadas pelo chão e algumas pintas vermelhas representando sangue. 

Jungkook provavelmente teria prendido o ar.

─ O primeiro chegou a acontecer, você sentiu fome porque Beomgyu abriu um corte em sua bochecha, suas emoções se fundiram e você assustou o seu namorado. Na segunda ele teria te pedido pra você ficar em Seul, você teria aceitado e ido visitá-lo, seria sua última visita visto que o terceiro desenho indica que você o matou. ─ Namjoon explicou, se arrumando confortavelmente na cadeira. ─ Mas como você…

─ Ele não é meu namorado. ─ Jungkook interrompeu, amassando os papéis e os jogando na lixeira perto da mesa do outro.

─ De tudo que eu falei você só prestou atenção nessa parte? 

O espanhol deu de ombros, se encostando na porta de braços cruzados.

─ Taehyung chegou a me pedir pra ficar em Seul e eu quase aceitei. ─ Falou baixo, sabendo que o outro lhe ouviria. ─ No domingo, Jennie me ligou e depositou duzentos mil dólares pra sumir da vida do Taehyung.

─ E você…

─ Aceitei, mas ontem ele me implorou aos prantos pra eu ficar lá.

Jungkook tinha calafrios só de lembrar da imagem do loiro soluçando de chorar enquanto pedia pra desconsiderar tudo que havia dito no último fim de semana. Ele sabia que ao fazer isso estaria indo ao contrário do seu plano, mas ele simplesmente não conseguia cortar contato com Taehyung.

─ Senta. ─ Namjoon mandou autoritário desta vez e só um louco para desobedecer. O rapaz se sentou, hesitante. ─ Você não precisa não se envolver com o menino, mas você sabe que se quiser algo sério com ele, terá que transformá-lo para nós não corrermos riscos de sermos descobertos, e o principal: a segurança dele. Quanto à modelo, caso ela ameace contar algo a alguém, você tem algo para abrir a ferida dela, e ela jamais irá querer que Kim Taehyung descubra que sua vida é uma farsa.