— Beatrice
Mais um dia comum, em mais uma semana repleta de tédio, agora sem mais um tormento na minha vida amorosa, mas ainda, uma semana entendiante. Desligo meu alarme, sentindo arrepios pelo corpo. Sempre fui sensitiva, desde pequena sentia arrepios estranhos, coceiras sem sentido, e conseguia ver uma aura envolta das pessoas, até hoje consigo, mas é bom mais sutil. E hoje não é diferente, sinto um formigamento no braço quando o estendo para deligar o despertador. Mas como é comum, ignoro e vou até o banheiro para acordar e me arrumar logo.
Quando desço as escadas, sinto a energia que reconheço ser de meu pai. É como se fosse um desconhecido vivendo ao meu lado diariamente, já faz um bom tempo que sempre sinto energias desagradáveis, para não dizer ruins, vindo dele, acabei me acostumando, por pior que pareça.
Fiz meu café da manhã assim que entrei na cozinha, sem muita demora, já que precisava terminar logo para ir para a escola. Só dei um "bom dia", para não ficar calada, ele só responde com um balanço de cabeça. Nem sei porque eu ainda tento.
Depois do café silencioso entre mim e meu pai, peguei minhas coisas e vou direto para meu carro e dirijo em direção à escola.
— Oi, Minni! — aceno para minha melhor amiga indo em sua direção
— Oi, linda! — a loira diz me abraçando com um sorriso no rosto, não sei como ela pode estar tão feliz em uma segunda-feira.
A abraço de volta e começamos a andar até a nossa sala.
— Então, está pronta para começar mais uma semana? — falo com tom de ironia
— Sempre! — ela debocha revirando os olhos — como passou o final de semana? — ela me pergunta curiosa arrumando a alça de sua mochila
— Não fiz nada — digo simples — fique no quarto lendo, estudando igual maluca, sinto que vou ter que fazer as próximas duas recuperações — Minni me olha chocada
— Essa semana tem prova? — ela me pergunta quase desesperada
— Meu Deus, Minni — rio fraco — tem, mas fica tranquila, é prova de matemática um, você vai se dar bem — reviro os olhos sorrindo para ela
— Ah, quase tive um ataque aqui! — ela suspira — fica tranquila, quem sabe eu te ajudo a entender — ela tenta me deixar tranquila
Antes mesmo de entrar na sala a gritaria é ouvida, estamos acostumadas, mas as sete horas da manhã adolescente metidos a adultos gritando nos seus ouvidos, falando besteiras, ninguém merece.
Todos calam a boca, ou pelo menos tentam quando o professor entra na sala, o primeiro período seria de artes visuais, uma matéria que eu gosto, pelo menos não tem como errar.
Em vez de manter a porta fechada como de costume, o professor à deixa aberta, e começo a desconfiar.
— Então, turma, sei que no último semestre os funcionários, as outras turmas e os professores tem reclamado muito de vocês e a escola não tem feito muito sobre esse tipo de comportamento, mas agora chegou o limite — o professor começa a falar andando em frente à classe.
O professor para por alguns instantes, e em seguida a diretora entra com mais um garoto, imediatamente todas as meninas olharam para ele, eu dei uma olhada, sou curiosa até de mais.
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O Ajudante Da Minha Turma
Romance⎙ ᵃˡˡ ʳⁱᵍʰᵗˢ ʳᵉˢᵉʳᵛᵉᵈ ᵗᵒ @𝗉𝖿𝖺𝗇𝖺𝖼 ⩩ : ʚїɞ ・゚: ₒ ˚ ° ⿻ ◠ ⊹ ׅ୧ Beatrice, após a morte de sua mãe quando era criança, teve que se mudar para Los Angeles, junto de seu pai. Viveu a vida como qualquer outra adolescente que tem problemas em casa, at...