O Ajudante Da Minha Turma

Capitulo 7. O quase beijo.

— Miguel

Acordo sentindo um peso em meus braços, abro meus olhos e vejo Beatrice abraçada comigo, me mexo com cuidado, mas ela acorda, e fica assustada.

— Por que estou na sua cama? Por que estou abraçada com você? Como vim parar aqui? — ela começa a dizer, se afastando um pouco de mim, surpresa, provavelmente por estar na mesma cama que eu. Eu conheci ela ontem, nem sei porque ela me pediu para dormir com ela.

— Não lembra de ontem à noite? — pergunto sorrindo ladino, ela me encara por alguns segundos, raciocinando tudo que fez, ou pelo menos tudo que lembra.

— Merda — ela sussurra com os olhos claros arregalados — eu pedi que você dormisse comigo... — ela fala e ficando corada — e deixei que me abraçasse — ela desvia seu olhar, envergonhada.

— Fica tranquila, seu abraço é bom — digo com a voz um pouco grossa, continuo com um pouco de sono. Ela me olha com atenção, suas mãos pousadas em meu pescoço.

E a troca de olhares se inicia. Os olhos dela são tão lindos, estou ficando louco, mas eu passaria horas olhando seus olhos, eu devo estar delirando. Faço carinho em seu rosto.

Nossos rostos se aproximam, meus lábios ficam cada vez mais perto dos seus. Dá para sentir que ela também quer, mas ao em vez de me beijar, ela recua e sai da cama. Como ela consegue me provoca desse jeito, logo cedo?

— Aonde você vai? —pergunto acompanhando seu corpo pelo quarto

— Vou procurar a cozinha, estou morrendo de fome — ela fala ajeitando o meu moletom em sua cintura procurando seu vestido 

— O seu vestido está ali no closet — digo sentando na cama, estalando o pescoço, passando a mão por ele e no local onde Bea estava tocando.

— Desce comigo, por favor? — ela pede visivelmente tímida

— Vamos lá — digo entediante abrindo a porta e descendo as escadas com ela logo atrás de mim

— Onde ficam os pratos e talheres? —ela pergunta puxando algumas gavetas e armários

— Aqui, e aqui — puxo os armários certos e ela sorri para mim 

Ela diz que vai até o banheiro, enquanto isso arrumo algumas coisas para comer. Quando ela volta, ainda com meu moletom, diz que pode fazer um café da manhã para ela e os meninos, e eu a ajudo.

— Bea você é bem-vinda a essa casa, pode vir quando você bem entender — Dylan diz terminando seu café que a garota havia passado.

— Apoio a ideia de você vir morar conosco, posso te dar a cópia da chave ainda hoje — Naten diz sorridente 

— Parem de graça, não precisam exagerar — Beatrice sorri para eles

— Você cozinha muito bem, quem te ensinou? — Finn pergunta curioso

— Obrigada, foi minha mãe quem me ensinou — ela fala com uma voz meio triste, mas ainda com um sorrisinho no rosto

— Como ela se chama? Podemos conhecer? — Dylan pergunta inclinando a cabeça de leve, bem animadinho.

— O nome dela era Meredith, ela faleceu quando eu era menor, ainda no Brasil — ela diz um pouco sensível, mas simples, tentando demonstrar pouco sentimento

— Ah, meus pêsames — Dylan fala com as bochechas levemente vermelhas 

— Obrigada, está tudo bem, não tinha como você saber — Bea fala percebendo como Dylan reagiu