Um assassino em série ou apenas uma alma atormentada que buscou vingança? Ele teria uma redenção? Conseguiria ela no amor?
Uma pessoa atormentada faz coisas consideradas pela noção humana, ruins. Mas dependendo de um ponto de vista elas realmente s...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Já estávamos dentro da minha casa no meu quarto, eu era emancipado então morava só eu e minha babá, que morava comigo porque achava que eu não me cuidaria dirieto mas ela só voltava de noite, depois de sair da casa dos meus pais.
— Bom, temos que produzir um retrato que represente emoções, o que você quer retratar? — questiono pegando algumas tintas juntando com as que ele havia trazido.
— Rancor — ele diz baixo e eu o olhei, vendo seus olhos opacos como se estivesse hipnotizado.
— Ei...— chamei tocando seu ombro e ele ergueu o olhar parecendo não estar em si, se jogou contra mim e levou suas mãos ao meu pescoço, começando a impedir minha respiração.
Meu coração acelerou e meus olhos arregalaram, agora me assustou.
— Jhonny? — chamei erguendo minha mão trêmula e encostando-a em seu rosto.
Ele pareceu acordar, seus olhos voltando a ter brilho e ele piscou atordoado.
— Ahm? — ele questionou e assim que viu a situação, arregalou os olhos e se afastou rapidamente.
Comecei a respirar normalmente e cocei a garganta, minha pele provavelmente estava vermelha e ficaria roxa, mas não ligava tanto.
— Bom...vamos continuar, acho que rancor é uma boa ideia, pode ser uma forma de descarregar — digo decidindo não falar sobre o que acabou de acontecer no momento, ele parece estar preocupado com isso o suficiente e por algum motivo...estou preocupado com ele — Eu faço a minha parte, deste lado e você do outro.
Traço uma linha vertical com tinta dourada no meio da tela que tinha uns setenta centímetros, para que eu pudesse fazer a minha parte e ele a dele.
— Tudo bem..— ele murmurou me encarando com confusão e surpresa, talvez pela minha calma.
Pego dois potes de tinta, sendo um vermelho e outro cinza pegando o pincel número quinze e começando a pintar. Eu não sabia o que daria, porém um desenho abstrato seria bom.
— Harry — Jhonny chamou e eu ergui o olhar, vendo-o sério, mas seus ombros mostravam que estava tenso, nervoso.
— Sim? — perguntei pousando o pincel no copo d'água.
— Você não vai perguntar o que aconteceu? Ou algo assim — gaguejou, ele parecia mais a vontade agora, normalmente ele só se manteria quieto, mas parece que estou vendo...um pouco de sua verdadeira face.
— Eu quero saber, mas...você quer me contar?— questiono limpando minhas mãos — Me contar porque parecia fora de si, porque tem uma faca com você, porque o tema seria rancor, porque é tão analítico e desconfiado...quer me contar tudo isso?
Ele respirou fundo e pensou por um momento, franzindo as sobrancelhas antes de me olhar novamente.
— Eu...quero te contar — ele diz e eu sorri levemente — Mas você vai sair correndo quando ouvir.
— Talvez sim, talvez não — digo me sentando á sua frente para ouvi-lo.
— Bom...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
