Naquele sábado em especial, na casa de Jeonghan parecia estar dando tudo errado. Primeiro acordou com seu pai abrindo a porta do quarto, seus olhos quase saltaram da face quando viu o estado em que o homem se encontrava, ao lado dele estava uma mulher, ele a conhecia, era a funcionária da padaria local, quem sempre dava doces grátis ao garoto.
Ele observou bem o casal parado na soleira de seu quarto enquanto o olhavam. — O que está acontecendo?
— Essa é...
— Eu sei quem ela é. — Cortou o pai se sentando na cama, seus olhos ardiam pelo sono interrompido e ele mal podia abri-los. — Quero saber o que ela faz aqui às... — Olhou o rádio-relógio. — às nove da manhã de um sábado?
— Respeite as visitas. — Brigou com o menino que coçou os olhos. — Essa foi a educação que eu te dei?
— Quer que eu responda? — Revirou os olhos abanando as mãos na frente do rosto. Ele observou o rosto de seu pai ganhar uma cor avermelhada devido a irritação enquanto o garoto enrolava o cabelo para deixá-lo menos bagunçado e mais apresentável.
— Desça para o café da manhã. — Café da manhã? A casa de Jeonghan nunca foi desses costumes, só tinha café da manhã quando ele preparava e era sempre silencioso e solitário.
Assim que a porta foi fechada e ele ouviu os passos se afastarem aos poucos, se jogou de volta na cama cobrindo o rosto com o travesseiro e grunhindo frustrado. Cenas do dia anterior ainda rodavam na cabeça do garoto, não era justo ele estar acordado aquela hora quando chegou tão tarde em casa.
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Joshua estava ansioso, sua barriga dava voltas e voltas enquanto ele não saía da janela, seria Jeonghan o bad boy de todos aqueles livros de romance que tinha lido? Sair escondido nunca foi de seu feitio e, por isso, sentia a ansiedade corroer suas veias.
Quando deu duas e cinco da manhã o americano achou que o Yoon tinha mentido e conseguia sentir as lágrimas queimarem seus olhos, saiu da janela pronto para fechá-la quando ouviu um "psiu" vindo de baixo, seus olhos percorreram até encontrarem Jeonghan sorrindo para si. — Demorei muito? — Viu ele sussurrar e Jisoo apenas negou com a cabeça. Estava arrumando algum jeito de descer quando Jeonghan só disse para pular.
— Enlouqueceu?
— Pula. Confia em mim.
Bom, Joshua confiou e caiu em cima de Jeonghan ralando o joelho e o cotovelo. Os dois deram risada do tombo quando viram a luz da cozinha se acender e se apressaram para saírem dali.
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Jeonghan ainda estava sorrindo quando resolveu se levantar para ver o que seu pai e aquela mulher estavam fazendo na cozinha.
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Untitled. •verkwan, jihan, meanie, junhao•
Ficção AdolescenteEm um cidade esquecida pelo resto do mundo, existem poucas tecnologias e pessoas muito interessantes: o bruxo queimado, a garota de mentira, o chinês sem futuro e o americano que não deveria existir. Quando a culpa pesa, há apenas um lugar em que el...