Primeiro.

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Terça-feira tinha chegado com um sol quente o bastante para obrigar todos a usarem roupas mais abertas e leques nas mãos. Naquele dia em especial o pai de Jeonghan tinha sumido e o garoto ficava entre preocupado ou aliviado, de qualquer jeito ele cumpriu a rotina e por acreditar realmente que roupas não tinha gênero optou por usar saia naquele dia, as pessoas já achavam que era uma garota de qualquer jeito.

Ele estava vestido com um suéter fino e bege e uma saia rosa, estava de tênis e dessa vez resolveu por deixar o cabelo solto, só jogou a mochila para as costas e saiu de casa trancando a porta, teve só uma supresa de encontrar o pai encostado sobre a cerca da casa como um zumbi mas na verdade estava apenas caído de bêbado. Tinha duas opções, ou levava o homem para dentro de casa ou o deixava ali para qualquer pessoa ver a vergonha que era o patriarca Yoon, mas a segunda opção talvez trouxesse problemas mais tarde para o garoto.

Olhou o relógio de pulso notando que já estava atrasado e, ainda com o estômago revirando em raiva o garoto rangeu os dentes e largou a mochila no pequeno quintal e foi até o pai ajuda-lo a levantar. — Me ajuda também velho!

O homem estava completamente desmaiado e/ou com a mente fodida para formular uma resposta mal educada para o filho, puxou pelo braço sem sucesso, o homem era muito gordo e grande para que só o Yoon mais novo pudesse levanta-lo. Com raiva e completamente chateado o garoto deixou-se cair na calçada, as lágrimas começaram a descer sem a permissão dele e queria muito ter uma arma para matar o pai ali mesmo, passou a mão com força pelo rosto. — Por que você é assim? Merda! Porra!

— Yoon? — O garoto levantou o rosto molhado quase sendo cegado pela luz do sol mas logo conseguiu focar na figura que tinha chamado seu nome, o chinês Minghao estava ali e alternava o olhar para o pai do garoto e para o próprio.

— Pode dar risada, a "garotinha" de Yuwin High School está chorando porque não consegue levantar o pai bêbado! — As palavras saíam sem freio, sem que o mesmo pudesse controlar acabando por deixar Minghao um pouco assustado.

— Eu não to' aqui pra' rir de você, só parece que tá' meio difícil pra' você. — Respondeu, Jeonghan apenas fez um barulho com a boca e esticou as pernas em frustração. — Anda, pega de um lado e eu pego de outro, vai.

O rosto de Minghao ainda parecia muito machucado e ele parecia ser magrelo demais para aguentar o patriarca Yoon, mas ainda assim Jeonghan admirou sua atitude (e força de vontade), esfregou o braço nos olhos antes de apoiar o braço do pai em volta dos ombros e o chinês fez o mesmo do outro lado, juntos conseguiram finalmente levantar o homem, o levaram para casa e Jeonghan fez o favor de o largar no sofá com raiva. — Xu, você comeu alguma coisa?

— Eu to' bem. — Respondeu e passou a mão no nariz fungando. Jeonghan puxou o pulso do chinês até a cozinha modesta da casa e o fez se sentar, pegou o que seria o lanche para o pai e desembrulhou colocando na frente do chinês e, mesmo querendo negar seu estômago o entregou. — Come, eu que fiz.

Untitled. •verkwan, jihan, meanie, junhao•Onde histórias criam vida. Descubra agora