Em um cidade esquecida pelo resto do mundo, existem poucas tecnologias e pessoas muito interessantes: o bruxo queimado, a garota de mentira, o chinês sem futuro e o americano que não deveria existir.
Quando a culpa pesa, há apenas um lugar em que el...
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Minghao sentia seu nariz coçar, seus olhos se abriram devagar e ele quase não sentia o corpo. Levantou sua mão notando seu pulso enfaixado e com um acesso. Tentava entender o que estava acontecendo, sua cabeça parecia um quarto branco, vazio, não conseguia lembrar das coisas.
Olhou pelo quarto notando paredes verde água descascando, uma máquina que apitava repetidamente, colocou a mão por cima daquele esparadrapo puxando. — Merda. — Aquilo tinha doído, viu um pouco de sangue subir pelo fio transparente e tirou a agulha sem cuidado, tirou também aquilo que tanto coçava seu nariz. — O que tá' acontecendo?
O garoto olhava em volta tentando se lembrar como havia chego ali, até ver pessoas entrando na sala e tentando contê-lo, o garoto tentava se desvencilhar sem sucesso. — Minghao, eles vão te ajudar.
— Junhui? — O garoto parou observando o outro chinês parado na porta. Foi quando se deitou na cama novamente vendo o médico se aproximar. — O que você tá' fazendo?
— Nunca foi ao médico?
— Não é da sua conta. — Desviou o olhar vendo o homem subir sua camisola devagar, o chinês mais novo segurou a mão dele. — O que caralhos você tá' fazendo porra?
— Você poderia ter aberto seus pontos, estou checando se você já não se machucou o bastante.
— Pontos? Por que eu recebi pontos?
— Você tomou um tiro. — E foi quando Minghao olhou para Jun se lembrando de tudo antes de desmaiar perto do Stonewall, aquela noite esquisita que estava caminhando nas ruas à noite e foi parado pelo senhor Choi, o padrasto de Junhui.
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Seus passos eram rápidos, ele não sabia exatamente para onde seus pés caminhavam, mas ele tinha que encontrar um lugar para dormir logo. Aquela cidade era muito vazia de noite e, apesar de crimes serem uma raridade, ninguém quer ficar nas ruas à noite.
Passou pela farmácia que aquela hora estava fechada mas a luz do letreiro ainda iluminava o bastante, foi quando virou a rua de Jeonghan com a placa indicando o nome apagado pelo tempo, foi naquele momento que sentiu como se seus olhos pudessem sair das órbitas ao ver Choi parado na frente dele.
— Você parece surpreso moleque, nunca me viu?
— O que você quer? — Perguntou, sua voz era carregada de raiva apesar de sentir bastante medo, sabia que aquele homem não queria algo bom consigo, mas não sabia o quê.
— Você tá' transformando o Jun em um viadinho ou você acha que não deu para sentir seu cheiro podre nos lençóis do meu filho? Aqui eu vou acabar com você e nunca mais você vai ser um problema para mim ou para essa cidade.
