Capítulo 6

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Eai pessoa, aqui o novo capítulo. E desculpem pela demora.

Alerta! Esse capítulo pode conter gatilhos.

Eu fiquei ansioso o dia inteiro, eu mato a Bia ainda. O Gustavo vai me ver todo horrível, eu estou em um hospital minha aparecia deve está bem mal.
Sem falar que está aqui dá um tédio danado, sem televisão, livros ou resvistas e eu não quis mexer no meu celular pra não gasta batéria.
Ouso o som da porta, ele me correndo até mim e me abraça.
Como eu senti falta disso, desse contato com ele, desse cheiro.
_Oi, você tá bem?
_Eu tô sim. Apesar do susto.
_Por que não me falou antes que tava aqui?
_Eu não queria te preocupar, eu estou vivo afinal.
_Eu já tava preocupado depois de você ter ficado uma semana sem falar comigo. Eu fiquei bem preocupado sabia? Se sua amiga não tivesse me mandando mensagem eu não ia conseguir saber de você.
_Me desculpa mesmo. Eu realmente não queria te preocupar. - Nos soltamos.
_Então como é ficar aqui?
_Ah, é um tédio. Não tem nada pra fazer e a comida daqui é realmente horrível e depois dela ter vindo aqui a energia ficou ruim.
_Ela quem? - Merda. Eu falei da minha mãe, ela ainda mexe comigo.
Será que eu devia contar pra ele? Não. Talvez não seja uma boa ideia. A gente não se conhece a tanto tempo, mas séria bom falar com alguém além da Bia.
_Foi difícil pra você? Quanto te tiraram do armario? - falo com a voz mais baixa do que eu gostaria.
_Foi bem assustando. Você deve ter visto no tiktok ou youtube que foi no susto. Mas as coisas se resolveram depois, eu fiquei com muito medo e tals e até terapia a gente deve que fazer. Mas hoje em dia eles já me aceitam e tá tudo bem.
_Queria que comigo fosse assim. - falo olhando pra baixo.
_E como foi pra você? Tudo bem se não quiser falar.
_Tá tudo bem, eu quero. Confio em você. -Como não poderia confiar nesses olhos tão lindos que me abrigam tão bem?
_Então a relação com minha mãe nunca foi tão fácil. - começo e respiro fundo.
_Meu pai a deixou logo quanto descobriu que ela tinha engravidado, e se o que ela disse for verdade ele era bem tóxico. Ela não queria me ter mas não deixaram que ela fizesse isso. Minha infância foi bem complicada, ela era muito controladora e narcista. Isso afetou minhas relações sociais, acho que é por isso que eu sou introvertido hoje em dia. Eu achava que ela só tava me protegendo e cuidadando de mim mas quando a adolecencia chegou eu percebi varías coisas, principalmente minha sexualidade. Eu queria sair daquele domínio dela, com 16 anos ela ainda não me deixava me arrumar sozinho nem ir na casa de colegas para fazer trabalhos. Ela também se fazia muito de vitíma pra me fazer sentir mal. Eu queria sair disso, então procurei e fiz todos os trabalhos que encontrava. Eu queria ter meu próprio dinheiro, depois de um tempo consegui fazer uma conta, escondido dela claro. Quando fiz 18 anos e consegui esse trabalho eu achei uma casa e a aluguei. Então foi a hora de pegar minhas coisas e falar com ela, e aproveitei e me assumi. - lagrímas começaram a cair dos meus olhos. Eu tentei impedi-las mas elas não pararam, foi então que ele me surpreendeu e me abraçou. Aquele calor humano tão quente e reconfortante.
_Não precisa falar mais se não quiser.
_Não eu...eu quero. Eu só...
_Ok, ok. No seu tempo.
Fiquei abraçado com ele por alguns segundos, depois consegui me acalmar e estava pronto para continuar. Me soltei dele.
_Eu falei tudo que estava dentro de mim. Tudo que eu queria que ela ouvisse. Eu lembro que ele me xingou muito, disse que eu não ia dar conta. Que eu ia ter que voltar pra ela, que eu...Parasse de ser um viadinho safado. - falei essa última parte mais baixa que as outras.
Parece que ainda me afeta.
_Ela dissse que se eu passasse pela aquela porta que eu não séria mais filho dela. E bom, eu passei. Os dias que passaram foram bem difíces, eu não sabia cozinhar nem cuidar da casa direito, sem falar que tive que comprar os moveis aos poucos. A Bia me ajudou muito mas eu as vezes pensava muito em desistir. Mas depois de muito esforço eu consegui, e hoje me sinto livre. - olhei pra ele, bem em seus olhos coisa que não faço com frequência.
_Obrigado por me ouvir. Eu precisava mesmo de alguém além da Bia pra saber disso.
_Por nada. Eu estou muito orgulhoso de ter um amigo tão esforçando e incrível como você. - nos dois sorrimos envergonhados. A mão dele estava em cima da cama, eu queria toca-la então enlançei nossos mindinhos.
_Obrigado por ter vindo.
_Por nada. Então? Tá afim de ver uns livros que eu trouxe?
_Se tô afim? Estou muito afim. - nos dois rimos e passamos o resto do tempo conversando sobre coisas aleatórias.
Eu realmente queria que esse momento não parasse, eu queria que ele estevesse sempre comigo.
Ele o motivo das rapídas batidas do meu coração.
Gustavo Nobre, o que você faz comigo?

Então pessoal o que acharam? Foi bem triste essa parte do passado do Mael né? Mas ele conseguiu se abrir pro Gustavo. O que vocês acham que virar a seguir?

Is it too much to lose to have a love?Onde histórias criam vida. Descubra agora