Sentei no sofá depois de ter mais uma reunião estressante com homens que acham que sou frágil demais ou então idiota de aceitar as propostas absurdas deles.
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Me assustei quando vi a S/n sair do banheiro da minha sala usando um vestido vermelho justo que ia até o joelho dela, saltos louboutin e aquele batom vermelho que a deixa tão....Não nos damos muito bem desde o ensino fundamental, sempre competimos uma com a outra para ver quem era melhor e agora ela construiu uma empresa com o mesmo ramo da minha aqui bem pertinho...juro não sei porque ainda não matei ela, poderia muito bem colocar uma bomba no escritório dela.
Levantei do sofá incrédula, e meu olhar acabou analisando cada curva dela nesse vestido, apesar da mesma ser insuportável... não posso negar que ela é bonita, por Rao..o que eu tô pensando.
- Como que você entrou aqui? - perguntei e ela deu risada se sentando em meu sofá junto comigo - Deve ter entrando rastejando por debaixo da minha porta, não é cascavel?
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Ela deu risada e fez uma zoadinha de cobra, me fazendo cerrar os olhos.
- Vim te dar um presente.. - ela falou com um sorriso no rosto pegando a bolsa.
- Não aceito seus presentes, nada me deixa segura de que não seja uma bomba que irá me explodir em caquinhos.
Ela tirou uma garrafa de vinho da bolsa, embalada de um jeito bem delicado...os pais dela tem várias empresas desse ramo, e são consideradas uma das melhores.
- Olha que beleza, Leninha - ela me mostrou risonha - E eu trouxe pra você, porque eu sei que você gosta…é lançamento esse aqui.
- O que você tá querendo? Tá aqui como espiã de quem? - perguntei erguendo uma sobrancelha e pegando a embalagem da mão dela - Olha aqui S/n, eu vou matar você.. não estou em um dia bom para gracinhas.
- Lena.. eu vim na paz dessa vez, o mundo dos negócios é cruel, tem sempre alguém tentando passar a perna em alguém - ela falou se aproximando de mim enquanto eu me afastava... Rao desde quando ela é bonita desse jeito - No caso, eu passando a perna em você.
Eu já estava praticamente deitada em meu sofá tendo um gay panic com ela tão perto de mim desse jeito…nossos corpos estavam colados, menos os nossos rostos que ainda estavam um pouquinho afastados.
- Você me odeia não, é? - falei com olhos cerrados e ela negou com a cabeça.
- Não, só gosto de implicar com você..eu sei que sou melhor mesmo que você não queira admitir - ela sussurrou em meu ouvido e eu senti todo o meu corpo arrepiar.
Ela é a pessoa mais sem vergonha que conheço...mas isso não vai ficar assim. O pior de tudo é que eu caio nas provocações dela, mas isso não vai ficar assim. Peguei o meu celular que estava debaixo da minha coluna, e me sentei no sofá com o mesmo no ouvido fazendo ela franzir o cenho.
- Michelle, mi amor cómo estás? - falei risonha levantando do sofá disfarçando o calor enorme que estou sentindo - Sí, te veo esta noche ( Sim, te vejo está noite).
A S/n estava no sofá olhando cada passo que eu dava com o cenho franzido, dessa vez me superei, sim eu sou mais esperta que ela.. porém, não consigo parar de me sentir atraída por essa..que raiva.
- Besos mi amor (beijos, meu amor ) - falei voltando a me sentar no sofá e tirei o celular do ouvido.
- Quem é Michelle? - perguntou com uma cara tão inocente, dessa vez acho que ela acreditou.
- Oi? - fingi que não tava ouvindo segurando a risada.
- Quem é Michelle? - perguntou de novo franzido o cenho.
- Ah... é uma mulher que tô saindo, estamos nos conhecendo melhor - respondi cruzando as pernas - Não é só você que tem pessoas interessante na lista.
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- Eu odeio você.. - ela falou cerrando os olhos - Odeio demais.
- Não gostou do próprio veneno, mi amor? - fiz a mesma zoadinha de cobra que ela fez a minutos atrás.
- Tô doida pra fazer você provar dele também - ela falou com nossos rostos próximos.
