Coloquei meus fones de ouvido a fim de parar de ouvir os surtos da minha mãe, mais conhecida como Lena Luthor. Tudo isso só porque saí escondido ontem à noite para a estudar na casa da Nicole, e não foi nada demais..ela não me entende, e pra piorar a mamãe Kara, está fazendo o mesmo comigo. Na maior parte do tempo elas estão me brigando ou falando que não dou atenção a elas. Aumentei todo o volume da minha música que era bem animada, não demorou muito para eu estar dançando em cima da minha cama fazendo passos aleatórios e de olhos completamente fechados me imaginando em um lugar bem longe daqui.
A Nicole não é a pessoa mais exemplar do mundo, mas ela também não é um monstro... elas ficam assim só porque a Nick vende maconha para pagar a faculdade e se manter…ela também tem problemas com agressividade, usa cigarro, mas comigo ela é um amor.. até conseguir tirar o cigarro dela por duas semanas, já é um avanço..mas não culpo ela, a vida dela é muito complicada, os pais abandonaram ela sozinha sem nada aos quinze. Tirei os fones de ouvido e suspirei quando tudo já estava mais calmo, desci da cama e sentei na mesma..que bom que tranquei a porta, assim elas não entram aqui. Peguei meu diário em cima da cômoda, e abri o mesmo na página em que tinha a foto da Nicole no dia que eu conheci a casa dela (minhas mães me deixaram de castigo depois) e outra no dia que saímos para correr.. acho que no fundo eu sinto alguma coisa por ela, e minhas mães devem saber.
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Tirei minha atenção das fotos quando as pedras sendo jogadas em minha janela tiraram a minha atenção, levantei da cama e fui até lá.
- Jogue suas tranças, minha querida Rapunzel - era ela..- Suas mães acabaram de sair, vai me deixar aqui no frio?
- Você é completamente maluca - falei com um sorriso largo - Tô descendo, não saí daí.
Fechei o diário, e desci em passos rápidos para abrir a porta. Abri a mesma e um sorriso bobo saiu quase de imediato quando a vi em minha frente de novo, dei passagem e a mesma entrou escondendo alguma coisa atrás das costas.
- Você quer tomar ou comer alguma coisa? - perguntei fechando a porta.
- Não, estou bem - ela respondeu risonha - Trouxe uma coisinha pra você - franzi o cenho e sentei no sofá com ela - Não é maconha, nunca te daria isso.
