Pov Kara Danvers
Sair da cozinha da cafeteria suspirando e olhei o horário no relógio de pulso, hoje é o primeiro dia de emprego da S/n aqui na cafeteria e ela já está trinta minutos atrasadas..e olha que não foi fácil convencer a minha mãe a contratar ela. Nos conhecemos desde pequenas, e eu sempre tive uma quedinha por ela..mas nunca rolou nada porque a S/n uma pessoa ligada nos 220..sempre que eu ia falar, acontecia alguma coisa que tirava a atenção dela. A única que sabe disso é a Alex, e tenho muita sorte da minha mãe não saber...se ela soubesse nunca teria contratado a S/n.. não que ela seja homofóbica, pelo contrário, ela sempre apoiou tanto a minha irmã quanto eu..o problema mesmo é a S/n..a mamãe não acha que ela seja de relacionamentos..nem a própria mãe dela acha isso.
- Trinta minutos atrasada, Kara - ouvi a voz da mamãe atrás de mim - Cadê ela?
- Hummm..deve ter tido algum imprevisto, mãe - respondi fazendo um capuccino - .. Não seja tão dura com ela.
- Se ela não chegar daqui há dez minutos..pode avisar que não precisa mais vim.
Suspirei, e a mamãe saiu para atender às mesas. Fui levar o capuccino para um dos clientes, e logo vi a S/n adentrar mexendo no celular enquanto tirava os fones de ouvido. Fui até a mesma, e puxei ela pelo braço para irmos ao banheiro dos funcionários.
- Meu braçoooo - ela falava enquanto íamos para o banheiro - Calma, eu tô indo.
Entramos no banheiro, e eu cruzei os braços enquanto olhava ela com os olhos semicerrados.
- Onde você estava? - indaguei.
- A minha mãe não quis me emprestar o carro dela, aí eu tive que me virar de ônibus e adivinha? - ela respondeu me fazendo erguer a sobrancelha - Peguei o ônibus errado duas vezes.
- Isso não me surpreende muito - respondi suspirando e ela me olhou incrédula.
- Tá me chamando de burra? - indagou cerrando os olhos - Olha aqui, Kara D..
- Shhh..- coloquei o meu dedo indicador nos lábios dela fazendo a mesma parar de falar - Você está quase uma hora atrasada, e eu estou responsável pela sua fase teste.. então agora você tem que me respeitar porque eu posso te mandar embora.
- ..- ela tirou o meu dedo da boca dela.
- Muito bem, agora vista o uniforme que eu estou te esperando no balcão..- abrir a porta do banheiro - Não demora, se não desconto do seu salário.
Sair do banheiro dando risada da cara irritada dela, e voltei para o balcão da cafeteria..a S/n resolveu trabalhar porque a mãe dela, que é a minha tia, parou de dar dinheiro pra ela começar a trabalhar e ter o próprio dinheiro... não demorou muito para ela aparecer, e vim até mim como se nada tivesse acontecido.
- Se tentar me dar ordens de novo, eu mato você - retrucou me tomando o cardápio - Agora dá licença.
- Fecha isso - revirei os olhos subindo o zíper que tinha na camiseta fazendo dele um decote no vale dos seios - Pronto, agora vai.
A mesma seguiu para atender às mesas, e eu fui receber o pagamento dos clientes porque a mamãe está na cozinha. A Alex veio até mim dando risada, e eu acabei rindo junto com ela.
- Eu lembro que ela dizia que ia arranjar uma velha rica para bancar ela desde pequena só pra não ter que trabalhar - a Alex comentou rindo enquanto olhávamos a S/n anotar os pedidos.
- Para de zoar ela - dei risada com a Alex enquanto olhávamos.
- Será que dá pra duas ir trabalhar ao invés de estar aqui de conversa? Tem cliente esperando - a mamãe falou cruzando os braços e eu me levantei da cadeira - Vou tirar uma foto da S/n pra mandar pra Cíntia.. foi bom ela ter feito isso de falar pra ela trabalhar.
- Foi sim - retruquei risonha.
Ficamos mais um tempinho ali, e logo voltei a trabalhar porque a cafeteria começou a encher..de longe observava a S/n porque tenho que ver se ela está precisando de alguma ajuda já que é o primeiro dia dela. Franzi o cenho ao ver que ela estava discutindo com dois clientes, e fui lá em passos rápidos antes que os outros clientes percebessem.
- Eu vou descer a minha mãe na cara de você dois - a S/n falou irritada com os dois caras - Idiotas.
- Com licença..- falei um pouco mais calma atrás dela - Tudo bem por aqui?
- Não, eu achei que essa cafeteria fosse mais educada com os clientes - um dos caras respondeu - Mas pelo visto me enganei.
- A moça começou a nos dizer besteira - o outro respondeu me fazendo suspirar - E de três pedidos que fizemos, os três vieram errado.
- Vocês que me fizeram de idiota - a S/n retrucou incrédula - Anotei os pedidos certinho, e quando cheguei eles diziam que estavam errado, Kah...ainda por cima me assediaram.
- O quê? - o loiro retrucou incrédulo - Sinceramente, acho melhor vocês verem direitinho as funcionárias que contratam.
- E eu acho melhor você calar a boca antes que eu mesma faça isso por você - a S/n retrucou indo pra cima dele, e eu puxei a mesma pela cintura - Esse aracnídeo passou a mão entre minhas pernas, e ainda quer que eu seja a louca da história...para de ser covarde, e confessa o que você fez.
- Eu acho bom a senhorita se acalmar - o outro levantou com as mãos no bolso do blazer - Tenho certeza que isso foi tudo um mal entendido, porque ninguém aqui queria tocar em você.
- Bom, acho melhor acabarmos com essa discussão...um dos garçons vão vim atender vocês dois - falei com uma feição séria, e o moço se sentou..a S/n saiu em direção ao banheiro dos funcionários e eu fui atrás dela depois de pedir pro Winn e atender.
A minha mãe me viu indo atrás dela, e eu fiz um sinal dizendo que depois explicava. Assim que cheguei no banheiro, a S/n estava apenas de trajes íntimos tirando a roupa de dentro da bolsa.
- Pra onde você vai? - perguntei enquanto ela se vestia - Seu expediente ainda não acabou, falta só mais duas horinhas.
- Eu vou pra casa - respondeu terminando de se vestir - E não precisa se preocupar.. não quero mais o salário daqui.
Ela saiu do banheiro irritada com os olhos marejados, e eu segurei a mesma fazendo ela se virar pra mim.
- Eu sinto muito por aquilo, S/n - falei olhando nos olhos dela que estavam lacrimejando - ..
- Tanto faz..- ela respondeu se soltando de mim - ..Vou pra minha casa, e não precisa mais se preocupar porque sobre eu ser sua responsabilidade.. não quero mais trabalhar aqui.
- Eu te dou carona até sua casa, ou você pode esperar acabarmos aqui já que somos vizinhas.. você está sem carro - sugeri franzindo os lábios.
- Não precisa..eu peço um táxi.
Ela nem me deixou responder, apenas saiu e eu suspirei encostando minha coluna na parede..mas não posso ficar aqui, tenho que voltar a trabalhar..
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