Não foi premeditado que um filhote de rouxinol caísse do ninho numa tarde de sábado de 2008. Nem mesmo que Kim Taehyung, um jovem dedicado e reservado de dezessete anos, o encontrasse antes que algo pior acontecesse. Tampouco estava previsto que atr...
Olá, amores! Como estão? E vamos começar uma nova jornada! 🥰
Quem ainda não leu os avisos no capítulo anterior, por favor, leia. Eles são importantes. 😉
Não esqueçam da playlist na minha descrição. 🎶
Obrigada pela betagem, Maju! 💖
Espero que O Canto do Rouxinol consiga cativar vocês de alguma forma. Boa leitura! ♥️
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"Longe um trinado. O rouxinol não sabe que te consola."
—Jorge Luis Borges
29 de março de 2008; Changwon
As árvores estavam vestidas com as belas flores que a primavera lhes proporcionava. Era uma visão esplendorosa aos olhos de qualquer pessoa, no entanto, naquela tarde de sábado, nem mesmo tais belezas foram capazes de dispersar as preocupações de Kim Taehyung. Inquietações essas que o dominaram assim que ele viu o pai, Kim Jinhee, enfiado em um dos bares do bairro em que moravam.
Suas pernas cansadas da caminhada reclamaram ainda mais quando ele se esforçou para acelerar os passos, a fim de subir o mais rápido possível a rua íngreme em que a residência deles se encontrava. Se voltasse naquele momento para tirar o pai do bar, passaria do seu horário costumeiro de chegar do trabalho, e mesmo que o atraso fosse mínimo, ainda assim poderia causar preocupação à mãe. Portanto, decidiu ir para casa primeiro. Depois tomava conta de Jinhee.
Quando enfim entrou no quintal de gramas verdinhas, estava ofegante. Passou a mão sobre a testa suada e respirou fundo antes de tirar o par de All Star azul e deixá-lo na varanda da casa branca de madeira. O ambiente estava silencioso, sinal de que os irmãos estavam entretidos em alguma coisa, e a mãe provavelmente trabalhando.
De fato o pequeno escritório dela estava aberto, permitindo-o de vê-la dando aula para Jeon Jungkook.
Taehyung tentou passar despercebido para não atrapalhar o desenvolvimento do aluno e não distrair a mãe, porém, Kwon Yisook foi mais rápida e notou sua presença ante a porta. O sorriso que surgiu no rosto dele foi involuntário, contagiando Yisook no mesmo instante.
— Que bom que já chegou, benzinho. Tem suco de morango na geladeira — ela disse com a voz carregada de carinho.
— Obrigado, mamãe — agradeceu cheio de doçura, e só então percebeu que o aluno de sua mãe o observava com olhos grandes e curiosos, um sorriso minucioso fazendo presença em seu rosto.
Taehyung olhou da mãe para o garoto e não disse mais nada, apenas curvou-se levemente e se retirou da sala.
Entrou no quarto do irmãozinho, Yeonjun, e sorriu meigo ao vê-lo imergido num sono gostoso. Decerto o pequeno brincou bastante no decorrer do dia para se entregar ao sono tão profundamente como estava, pensou. Taehyung deixou a porta entreaberta e seguiu para o quarto vizinho, deu duas batidinhas na porta e a voz suave de Nari ecoou lá de dentro, dando-lhe permissão para entrar.