As coisas que eu entendo

As coisas que entendo

Olhar para você
Te vi
Não posso descrever
O que senti

Vivi anos procurando seu amor
Lutando contra o abandono
Que tanto me causava dor
Encontrei desencanto

No seu desamor

Seu cruel requinte de crueldade
Sua vil imagem criminosa
As lágrimas do seu choro covarde
Que não me comove e não me importa

Deu tudo de mim
Esperava ter ao menos o menos
Mas de volta apenas recebi
Frustração e desalento

Eu tenho vontade de não existir
Eu não gosto de nada por aqui
A vida é um período orbital
Circulando entre o bem e o mal

Encontrei a verdade das coisas ínfimas
Enquanto procurava um grandioso saber
Me desdobrei em mil camadas finas
Camadas de saber e querer esquecer

Cada parte de mim dói diferente
A cabeça pensa, o coração bate
A pele formiga dormente
Mal articulada, meus olhos ardem

Com água e sal

O corpo que treme palpita por inteiro
A alma que geme molhou com choro os meus cabelos
Minhas unhas roídas pela agonia
Que a minha mente cria

Não sei sair desse desespero