Existência.

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Minha matéria tem requerimento,
A vontade de potência está firme
Em cada célula do meu corpo,
Querendo poder.

Ela não tem paradigmas,
Já é o próprio sentido
Não precisa de ser transcendente
Para libertar do vazio.

São bilhões de células
Lutando para compor meu corpo,
E acha mesmo que uma tábua da idade do bronze vai me parar?

Quero mais,
E apenas eu posso dar.
Criar um sentido,
Trazer consigo um significado.

Já não é mais Deus que nos cria,
Somos nós que lapidamos,
O que chamamos de soberano.

A existência precisa de sentido,
Então criar algo maior,
Fazer com que o mundo seja passageiro,
Para no fim ter o vazio.

O que será de nós após o céu?
Estamos diante do Armageddon?
Jerusalém já rasgou o véu?
Já começou o Ragnarok?

Na verdade estamos diante de nós,
Assistindo nossas vidas miseráveis,
Sem ser aproveitada.

Em toda a galáxia
Nunca vi uma raça
Tão soberba e vulnerável
Quanto a humana.

Todos são tóxicos,
Todos maléficos
Procurando santidade,
Cães adestrados pelo clero.

Mais uma vez
Peguei o martelo
Seus ídolos são frágeis demais
Para lidar com a lógica.

Então fazem a própria lógica:
Uma lógica falseada.

Que tem apenas como primasia,
A mesma vontade de poder da minha matéria.
Querendo preencher o vazio da própria existência,
Exaltando demência
A troco de algo maior.

Já dizia o Diogo Álvaro
Você não aproveita a vida,
Mas quer imortalidade?
Seres limitados demais
Para acreditar em transcendência.

Pobres baratas,
Iludidas pelas promessas de algo maior.
A política ri, humilha e leva massas
Como se fossem marionete.
[...]
L. W. S. C.

 C

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•Soberba, A Origem Do Pecado•Onde histórias criam vida. Descubra agora