Cigana

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Uma cigana
Leu minha mão
E com todo cuidado
E atenção ouvi suas
Sábias palavras.

Ela disse que seria difícil,
Ainda mais no meu ofício
Onde encontraria um bando
De filhos da puta.

Disse também que teria um exército,
De escravos de buceta
Querendo a minha
Para ser adorada.

Ainda viriam
Os escrotos baixinhos
De egos inflados
Que não aceitariam um não
Ou vácuo como resposta.

Fora quem desejaria me queimar
Chamar de bruxa
De puta
E o que de mais podre poderia imaginar.

Respirei fundo
E a convidei para uma rodada de Vodka.
Acendi meu Black
Contando os últimos três na caixa.

No primeiro trago
Sentindo a menta invadir meu hálito
Virei a dose
E a outra
E a próxima...

Muito melhor
Ter todo o orgulho revivido
Apesar de ser dolorido
Precisamos encarar.

Aprendi com os opressores
A expressar soberba,
Mas no fundo sabemos...
Não passam de filhos da puta.
[...]
L. W. S. C.

 C

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•Soberba, A Origem Do Pecado•Onde histórias criam vida. Descubra agora