O Fortuna.

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És aquela que adoece
Infectando com teus doces sussuros.
Convencendo o homem a largar tudo
Seja por amor a ti ou orgulho.

Se tens valor de muito agrada,
Se é pesado teu fardo,
Logo me convences do contrário.
Ardilosa como a serpente do Éden,
E soberba como o Rei Nabucodonosor!
Jesus a ti teme,
Entre os discípulos e idéias que ele fundou.

Ah, Fortuna...
Bela como uma musa,
Atraente como uma puta,
És tudo e mais um pouco.

Delicio meus prazeres em ti,
Os amores já foram roubados,
Valores foram soterrados
E agora?
Só resta você para explorar.

Ah, Fortuna...
Deturbas minhas ambições,
O que eram milhares
Se tornam milhões
E ainda me escravizas mais.

Quanto mais te tenho,
Mais te consumo,
Mais te uso,
Mais me enveneno.

Pervertes tudo o que tocas,
Mas tu curas o doente
Do niilismo
Que se esconde
No escuro do quarto.

Me chutas da melancolia,
Me obrigas a tomar Vodka pura.
Sendo assim invisto nos riscos
E prova disso? Sempre tenho fartura.
Jogas em mim os saltos agulha,
Puxando meu braço para todas as armaduras,
E me mostra quem sou.

Adicta do teu ópio,
Submissa por intrínsecos desejos
Que fortalecem ainda mais
A tua altivez em mim.
[...]
L. W. S. C.

 C

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•Soberba, A Origem Do Pecado•Onde histórias criam vida. Descubra agora