ISABELA
CLARKJá sentei nesse sofá mais vezes do que eu posso contar nos dedos mas a sensação que sinto agora é diferente, não estou aqui para resolver clusas de contratos de última hora, corrigir erros de funcionários ou simplesmente acompanhar Alessandro em jantares de negócios que ele sempre exigia minha presença, estou aqui por que momentaneamente essa será a minha casa, e eu me sinto uma intrusa.
Ja faz algumas horas que chegamos. Continuo sentada no sofá desconfortável que fazem minhas costelas doerem mas estou com vergonha de pedir para me deitar, e Alessandro não parece se importar já que está bebendo a um bom tempo em silêncio. Será que se arrependeu?
— Senhor Alessandro? — Falo finalmente tomando coragem para quebrar o silêncio — Eu posso procurar outro lugar para ficar, não quero incomodar o senhor.
— Não vai me incomodar, Isabela. — Me olha pela primeira vez depois que sentei no sofá — Temos um acordo, e você sabe mais do que ninguém que eu nunca volto atrás quando faço um.
Não ouso argumentar porque sei que ele não vai me dar escolhas, Alessandro é obstinado quando toma suas decisões, e parece que eu sou uma delas agora.
Derrotada levanto com cuidado me apoiando no braço do sofá, minhas costelas queimam como se estivessem sendo quebradas novamente, tento ignorar a dor mas preciso morder o lábio com força para não gemer, acredito que o efeito do remédio já tenha passado.
Alessandro caminha rapidamente em minha direção e segura em meus braços me mantendo firme no chão, a aproximação repetina me deixa com vergonha, nunca estive tão próxima assim de um homem e para piorar seu perfume caro me deixa tonta.
— Por que levantou? — Repreende colocando a mão na base da minha costas — Precisa repousar.
— Minhas costelas estão doendo — Murmuro chorosa — Acho que não vou mais conseguir ficar sentada.
— Por que não disse antes? — Sem aviso prévio ele se inclina e coloca o braço atrás das minhas pernas e me levanta como se eu fosse uma pena, com medo de cair enrosco meus braços em seus pescoço me segurando da maneira que eu posso.
— Muito obrigada, senhor Alessandro. — Agradeço me sentindo verdadeiramente grata, nem em mil anos poderia imaginar que seria ele que me ajudaria.
— Vamos dividir o mesmo teto, Isabela, nada de senhor quando estivermos nessa casa. — O tom da sua voz não dá espaço para brechas, como sempre ele não está pedindo mas sim mandando.
Diferente do que pensei ele não me leva para o quarto de hóspedes, e sim para o seu quarto onde me deita com cuidado em sua cama, antes mesmo que eu possa perguntar o que estou fazendo aqui ele desaparece pela porta do quarto.
Eu não posso ficar no seu quarto, isso seria abuso demais da minha parte.
Planejo um pequeno discurso para pedir ir para o quarto de hóspedes mas desisto assim que ele volta, em suas mãos ele tem uma bandeja com remédios, um copo de água e um celular, e por algum motivo ele parece muito irritado.
— Programei os horários e a quantidade dos seus remédios no alarme do celular — Informa colocando a bandeja na cama — Não importa onde você esteja quero você com ele, entendeu?
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Protegida Por Você
RomanceAlessandro Mantovani não é alguém que você gostaria de ter como chefe, rígido e perfeccionista ele exige o melhor de todos seus funcionários, principalmente de Isabela, sua secretária. Nunca disse em voz alta mas reconhece que sem ela dificilmente t...