Epígrafe

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De que nos importa

que tudo volte ao pó?

Sobre tantos abismos cantei,

em tantos espelhos vivi.

Não sou nem o sonho nem o consolo

e menos ainda o paraíso.

Talvez, mais do que o necessário,

te aconteça de relembrar

o sussurro destes versos que se acalma

e este olhar que oculta, bem lá no fundo,

no tremor do seu silêncio,

uma coroa de enferrujados espinhos.

- Anna Akhmátova, Primeiro Aviso

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