𝐓𝐄𝐍

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─── Sabe, eu odeio voltar para casa. ─── Matsuno me olha e bagunça de leve os meus fios que estão levemente emaranhados.

─── Quem diria que a Mayumi que nem saía iria me dizer isso.

─── Fazer o que, não é? ─── Falei num tom de indiferença, enquanto dava de ombros.

─── Vem aqui. ─── Ele me puxa pela cintura, fazendo nossos corpos ficarem quase colados, sua mão esquerda sobe até minha nuca e aproxima nossos rostos, eu corto a distância ao selar nossos lábios. Ele se afasta um pouco e começa a depositar vários beijinhos por todo meu rosto, me fazendo rir e corar levemente.

─── Vou acabar ficando mal acostumada desse jeito.

─── Eu não me importo, amo dar beijinhos em você.

As mãos dele se direcionam até minha cintura, e as minhas vão até seu rosto. Em momentos assim, eu percebo que amo ficar com ele. Cada segundo importa, mesmo que a gente fique só se encarando, nossa conexão é admirável e única.

─── Mayumi, finalmente! ─── Olho para trás e vejo meu irmão se aproximando.

─── Mitsuo, precisava atrapalhar?

─── Foi mal. O pai tá querendo falar com você, vê se não demora. ─── Ele acena para Chifuyu e se afasta, indo para dentro de casa.

Volto a olhar para Chifuyu, que tinha um sorriso mínimo em seu rosto.

─── Bom, você vai ter que entrar, não é? ─── Ele tira as mãos da minha cintura e faz um leve carinho em minha bochecha.

─── Sim, mas eu te ligo depois, tudo bem?

O loiro acena como forma de confirmação. ─── Vou para casa agora. Até mais, May!

─── Até mais, Fuyu!

Ele sobe em sua moto, dando partida e indo embora. Olho para ele se afastando rapidamente e suspiro. Vou até a porta, que está aberta, e entro, vendo todos na sala.

─── Reunião de família?

Por incrível que pareça, meu pai não parecia estar com raiva de mim, o que me deixou surpresa. ─── Você pode se sentar, por favor?

Eu olho para Mitsuo e para minha madrasta, que parecia apreensiva. Eu me sento na poltrona, ficando de frente para o meu pai.

─── Eu quero que você me diga tudo o que aconteceu naquele dia que cheguei e vocês duas estavam brigando.

─── Amor, eu já te disse que você chegou numa péssima hora e acabou distorcendo a história.

─── Pai, por favor, me diz que você não acreditou nela. Dessa vez você ouviu, ela deixou tudo bem explícito.

───Mayumi, me diga o que aconteceu.

─── Se quer tanto saber a verdade, eu digo. Eu havia ido à casa de Emma, quando de repente o número do Mitsuo me ligou, eu atendi pensando que era ele, mas me deparei com ela me ameaçando. Quando eu cheguei, ela continuou me ameaçando. Nada fora do comum. Ela te contou isso, ou a versão dela é diferente?

─── Eu nunca fiz isso! Tá vendo como ela é? Ela faz de tudo para que a gente se separe, ela me odeia!

─── Você se exalta muito fácil.

─── Parem! As duas, por favor, se acalmem.

─── Amor, você não está duvidando de mim, está? ─── Ela tentou se aproximar do meu pai, mas ele a afastou.

𝐓𝐖𝐄𝐋𝐕𝐄 𝐘𝐄𝐀𝐑𝐒, Chifuyu MatsunoOnde histórias criam vida. Descubra agora