não.
agora é a minha vez de dizer; não.
você talvez me tenha feito feliz algum dia, talvez você tenha realmente me amado com tanta intensidade, ou talvez nem tanta.
eu só sou bom em escrever esses textos imbecis, odeio ter que escrevê-los, odeio pensar que algum dia você entrou na minha vida e mudou minha perspectiva de como eu enxergava o mundo.
odeio o fato de você ter mudado meu gosto musical e passar a ouvir aqueles seus rocks malucos, mas eu sempre gostei de música lenta e poética, com um toque de tristeza.
odeio passar naquele banco onde demos nosso primeiro beijo; e ele é o único caminho que existe para eu ir pra casa, ou sair dela.
odeio pensar que um dia estivemos juntos.
você me faz mal.
eu sempre consegui descrever e verbalizar o que eu sentia por você; e por algum tempo você era calor e frio, amor e tristeza, ventania e calmaria.
sempre gostei de brincar com o seu cabelo, de tirar aquela sua franja bagunçada da sua testa, das nossas fotos ridículas que você adorava tirar, e as piadas que eu contava, e você; caia no riso.
sempre gostei de conversar com você sobre os meus sentimentos, e acho que nunca conversamos tanto sobre quanto naquele dia em que estávamos sentados na escada, juntos, pele com pele, boca com boca, eu nunca fui tão de alguém quanto fui naquele instante.
por alguns dias pensei que você fosse me ligar, mas não, e acho melhor assim, é melhor nós nos mantermos longe, e nunca mais estaremos pertos um do outro como já estivemos; o nosso beijo na chuva, nossos passeios com o seu cachorro que me adorava tanto, do lugar onde compravamos açaí.
isso nunca mais vai acontecer.
e por fim, será eternizados em nossas mentes ex apaixonadas, até que outra pessoa venha, e nos sare dessas feridas que o "amor" nos fez.
eu te odeio, e dessa vez, eu fui forte pra dizer; NÃO.
-sanchez
