não sei o que há rodeando em minha órbita,deito-me e logo em seguida me vem a vontade absurda de montar uma linha do tempo de desde quando nos conhecemos até a primeira vez que tirei sua roupa.
se lembra da primeira vez que nos vimos?eu cansado e com o cabelo mal amarrado com uma calça larga, você suada por ter voltado naquele sol ensurdecedor,
o mesmo sol que parecia nos queimar dentro do seu quarto. meus neurônios percorrem do seu autógrafo na minha porta, até a primeira vez que você disse que tinha certeza que me ama.
meus neurônios decoraram o caminho da tua boca até a seu último osso da coluna, e perderam a conta de quantas vezes me vi com as mãos em ambientes antes jamais explorados por nenhum aventureiro destemido.
emento-me por demasiadas vezes dos exatos milésimos em que veio sobre raios e trovoadas todo o seu charme e sedução, a voz agitada e arfa transpassava o ar pesado dizendo "oi, eu vim te ver, nem que seja por 5 minutos"
não faço ideia em qual momento da minha existência meu interesse em você começou, ou em qual momento me apaixonei, gostei, amei, deleitei, pequei. mas sinto que hoje a sua ausência é um membro amputado sem qualquer preocupação com anestésicos.
-eu te amo.